22 Aspetos terríveis sobre o trabalho no Facebook
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O Facebook tem a reputação de ser um dos melhores empregadores a nível mundial. Mas colaboradores do Facebook revelaram 22 lados negativos do trabalho na empresa. E então ainda gostaria de trabalha no Facebook?

O Facebook tem sido muitas vezes considerado um dos melhores locais para trabalhar na indústria da tecnologia. Afinal de contas, os estagiários da empresa recebem 25.000 dólares a mais do que o cidadão médio. Nada mau, certo?

Errado, de acordo com antigos e atuais colaboradores do Facebook numa série de tópicos abertos no Quora.

Engenheiros, programadores e fontes anónimas divulgam detalhes sobre os piores aspetos de se trabalhar para esta rede social.

Para que seja claro, não estamos a afirmar que estas queixas representam a média da experiência. São somente as opiniões de um pequeno grupo de pessoas. Todas as grandes empresas têm os seus detratores, incluindo o Facebook.

Segue-se o que têm a dizer.

“Durante seis semanas ao longo do ano estou 24/7 em serviço de prevenção”

Durante o serviço de prevenção os engenheiros são responsáveis por manter o serviço em funcionamento, aconteça o que acontecer.

“Nessas semanas não saio da cidade aos fins de semana; faço por não exagerar na bebida em encontros sociais em que participo; e, acima de tudo, tenho sempre um telemóvel com bateria e atendo imediatamente. Isto inclui deixar o telemóvel com som, na mesa de cabeceira, enquanto durmo.” – Keith Adams, Engenheiro do Facebook.

“Não existem barreiras no Facebook”

“Na maioria das empresas construímos uma barreira entre a nossa personalidade profissional e a nossa personalidade pessoal, o que culmina num espaço de trabalho profissional”, diz um engenheiro do Facebook que preferiu permanecer anónimo no Quora.

"Na medida em que a cultura do Facebook implicitamente encoraja os seus colaboradores "a serem eles próprios" a empresa carece do "profissionalismo" que existe noutras empresas".

“A maioria da equipa de gestão não faz ideia ou não se foca na criação de uma equipa”

O mantra do Facebook “causar impacto” faz com que a força de trabalho de toda a empresa se concentre apenas nas vitórias pessoais e não no sucesso da empresa como um todo – de acordo com um antigo colaborador anónimo do Facebook.

“Dá-se pouco valor a um gestor que tem a capacidade de motivar as massas. Esta ênfase é igualmente atribuída ao gestor também enquanto colaborador individual. O facto de ter pessoas que reportem a si parece não surgir como a sua principal responsabilidade”, afirmou este colaborador. "Embora eu gostasse de dizer que somente os meus gestores lutavam por liderança, é simplesmente mentira. É o que a maioria dos líderes na empresa faz. Estão tão focados em si próprios, em questões terciárias e em quem gosta de quem, que muito pouco tempo é dedicado às pessoas".

“Não existe uma infraestrutura verdadeiramente funcional”

Os colaboradores dizem que tentar descobrir como ter iniciativas divertidas com uma equipa de 4.000 pessoas é muito mais difícil do que fazê-lo com uma equipa de 500.

“Estamos a crescer tão depressa e nunca enfatizamos a organização, a educação ou a estabilidade”.

“Não reclame comigo sobre o Facebook só porque trabalho para o Facebook”

A mulher de um antigo colaborador do Facebook afirma que o seu marido era alvo de diversas queixas sobre o site, por parte de amigos e da família, só porque era colaborador da empresa.

“Como mulher de um colaborador do Facebook eu era muitas vezes solicitada para ajudar nomeadamente sobre a utilização das configurações de privacidade – tendo por base somente o facto de que por estar casada com alguém que trabalhava no Facebook eu deveria saber”.

“Saber que fazes parte de uma empresa grande que tenta agir como uma empresa jovem”

Um antigo colaborador diz que mesmo embora o Facebook seja uma grande empresa de tecnologia ainda tenta agir com uma jovem start-up.

“Isto é um pouco como um filme de Adam Sandler em que ele é velho mas quer agir como um adolescente. Estranho”, afirma o antigo colaborador.

“A total falta de foco na minha equipa”

“No último dia do meu estágio a equipa decidiu que não valia a pena reescrever completamente o projeto”, admite um antigo estagiário do Facebook no Quora, depois de passar todo o seu tempo na empresa a reformular e codificar o referido projeto.

“Se tivessem partilhado com a equipa uma visão mais clara do futuro do produto penso que poderia ter feito muitas melhorias ao mesmo e contribuído de forma mais positiva para a empresa”.

“Não irás ganhar milhões ou construir uma nova empresa emocionante sozinho”

Às vezes é necessário um lembrete. Podes trabalhar para uma empresa inovadora, mas continuas a trabalhar. Neste caso, estás a trabalhar para realizar o sonho de outra pessoa.

“Foi provavelmente a minha pior experiência profissional até à data”

Uma antiga colaboradora anónima desta gigante rede social alega:

“Como contratada e a preencher a licença de maternidade de uma colaboradora fui temporariamente designada com muito pouca orientação ou apoio, ao serviço de dois dos piores líderes com quem já tive que interagir”.

“O tom de voz que as pessoas utilizavam era depreciativo e hipócrita”

De acordo com um antigo colaborador, os seus colegas eram tudo menos uma companhia agradável.

“O tom de voz que as pessoas utilizavam era depreciativo e hipócrita. Achava-os snobes, elitistas e, francamente, rudes”.

“Pediam-me que executasse tarefas realmente impróprias”

Um antigo colaborador anónimo confessa:

“A equipa tratava-me como lixo e pediram-me que executasse tarefas inadequadas (como por exemplo separar a roupa suja do diretor com as cuecas sujas da sua mulher ainda agarradas)”.

“As instruções não eram claras, era tudo um jogo de adivinhação e eu estava imediatamente destinado a falhar”

Depois de ser colocado num rigoroso plano de desempenho de 10 dias, um antigo colaborador diz que a sua equipa não se incomodou em dar-lhe feedback.

“Nesse momento, desisti imediatamente”.

“O Zuck e a Sheryl impunham uma atitude de ‘santinhos”

Referindo-se ao fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, e à COO Sheryl Sandberg, um colaborador do Facebook acusa que os dois passavam demasiado tempo em “atividades extracurriculares” (nomeadamente, no caso de Sandberg, a dedicar-se ao livro ‘Faça Acontecer’) e a enganar a competição (ou seja, com o Poke, com alguma semelhança ao Snapchat).

“Saberes que fazes parte de uma empresa pública sobrevalorizada”

O Facebook, que nesta altura já deveria “supostamente ser avaliada em mais de 200 mil milhões de dólares teve uma péssima oferta pública que deixou muitos colaboradores impotentes ao verem o valor das suas ações colapsar”, escreve uma fonte anónima no Quora.

“Estamos muito focados no Google”

Embora este utilizador do Quora não trabalhe no Facebook, interrompe a conversa para dizer que é frequentemente convidado para conversas sobre tecnologia do Facebook, onde “não encontra nenhum fator extraordinário”.

“O Facebook estar, muitas vezes, concentrado no Google em vez de se focar nos seus pontos fortes e missão”.

“Esqueça a comida e a bebida gratuita – o local de trabalho é horrível”

“Quando tens salas enormes com filas e filas de mesas-estilo-picnic, com pessoas sentadas lado a lado, somente quinze centímetros de espaço e zero privacidade, eu sinto muito…É assim que manténs o gado no curral – mas não talentos de alta qualidade com salários de seis dígitos", escreveu um colaborador anónimo.

“Vi decisões serem tomadas por estagiários”

Philip Su, engenheiro de software no Facebook publicou no seu blog pessoal “Dez Coisas que Odeio no Trabalho no Facebook”, no ano passado, numa tentativa irónica de escrever sobre as coisas que separam o Facebook de tantas outras empresas.

“Vi decisões serem tomadas por engenheiros sozinhos. Ou por um engenheiro e um designer ao almoço. Ou por estagiários.” escreve. “Tudo sem dizerem aos seus gestores, mesmo. Este tipo de tomada de decisão autónoma sugere uma total falta de compreensão sobre como as empresas devem funcionar”.

“O drama”

Su admite, claro, que as políticas são o que cria o dinamismo e o drama que fazem com que o trabalho valha a pena em qualquer empresa – o Facebook incluído.

“Sem isto é apenas codificar, codificar, codificar. Enviar, enviar, enviar. Fico cansado só de pensar nisso”.

“Perceber que a empresa não tem um futuro nos telemóveis”

“Algo não está certo quando recebes queixas diárias de utilizadores a dizer o quão má é a experiência no telemóvel”, avança um antigo colaborador anónimo, no Quora.

À app do Facebook para telemóveis já chamaram “desajeitada” e é conhecida por esgotar as baterias dos smartphones.

“[O Facebook] acabará por perder todos os seus utilizadores para serviços móveis mais simplificados”.

Trabalhar para o Facebook por vezes significa perder muito tempo a navegar no Facebook

Felipe Oliveira Carvalho, um antigo estagiário do Facebook escreveu:

“O fato de que testar um código significa, a maioria das vezes, navegar no Facebook, o que pode levar à distração”.

“Nunca deixas realmente o trabalho, mesmo quando estás de férias”

Sunayana Sen, que trabalhou para o Facebook na Índia, diz que mesmo quando não se está no trabalho está-se constantemente a receber notificações do mesmo.

“Uma vez que existem grupos de Facebook para cada equipa/fluxo de trabalho/projeto, as notificações nunca param e nunca deixas realmente o trabalho. Mesmo quando estás de férias”, diz.

“Quantidades chocantes de e-mails com comunicação interna, 1.600 ou mais por dia”

Thomas Moore, um antigo colaborador do Facebook, descreve algumas das queixas que tinha por trabalhar para a empresa. Avança que recebia 1.600 ou mais e-mails com comunicação interna por dia.

Acrescenta que não gosta do estatuto de pseudo-celebridade por se afirmar que se trabalha/trabalhou para o Facebook. “Tenho mesmo saudades dos dias em que as pessoas respondiam ‘Facebook? O que é isso?’”.

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