Na quarta-feira a SpaceX lançou com êxito o foguete transportador de um engenho muito importante para a ciência. A relevância deve-se não só ao engenho em si mas também ao facto de ser uma operação de uma empresa privada. Quer conhecer os detalhes?
Depois de dois lançamentos adiados, a empresa privada SpaceX lançou o foguete Falcon 9 na quarta-feira às 18:03, hora local. O lançamento foi feito a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral na Florida.
A SpaceX abortou a missão de lançamento na terça-feira às 17:55, devido aos níveis elevados de vento e o mesmo se repetiu na segunda-feira, também devido às intempéries.
Mesmo registando-se uma melhoria do tempo na quarta-feira, o estado tempestuoso do mar levou a empresa a abandonar uma aterragem histórica do foguete.
Ainda assim, a SpaceX enviou o DSCOVR (Observatório Climático Deep Space) para órbitra.
No domingo, o lançamento foi adiado uns minutos antes da descolagem, porque um radar da força aérea norte-americana registou problemas técnicos, disse Elon Musk no Twitter. Na terça-feira não haviam problemas técnicos, mas mais uma vez os ventos fortes dificultariam as manobras da nave espacial, pondo em causa a sua segurança.
O objetivo da missão
O Falcon 9 transportou para o espaço um instrumento muito importante: O Observatório Climático Deep Space (DSCOVR).
O DSCOVR, apresentado à direita, é o mais recente instrumento da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) utilizado para monitorizar os ventos solares. O sol emite rajadas de partículas de alta-energia na forma de ventos solares, e quando essas rajadas interagem com o campo magnético terrestre, causam danos no sistema elétrico da Terra, incitando interferências ao nível das telecomunicações, aviação e GPS.
Ter um satélite deste tipo "é a primeira linha de defesa (...) para que possamos adotar as medidas adequadas para proteger o nosso sistema de quaisquer impactos que possam surgir", disse David Velasquez, vice-presidente executivo da Pepco Holdings Inc.
Depois do foguete se separar do DSCOVR no espaço, o observatório climatérico iniciará a sua jornada de 110 dias, até completar a sua órbitra, enquanto isso o foguete regressará à Terra.
Para que o satélite chegue bem ao seu destino, o foguete da SpaceX Falcon 9 irá viajar para mais longe, sendo assim o foguete SpaceX Falcon 9 a chegar mais longe de sempre. E isso complica o seu regresso mais do que é normal. Elon Musk diz:
"O regresso do foguete será muito mais difícil desta vez devido à sua missão de alcance profundo dentro do espaço. Quase 2x mais força e 4x mais calor. E muito fluido hidráulico também".
Há um ponto especial no espaço, chamado Ponto de Lagrange 1, onde a nave espacial poderá permanecer em orbita, situa-se entre dois pontos, a Terra e o Sol.
"O Ponto de Lagrangian 1 irá fornecer ao DSCOVR um ponto de "pré-alerta", para quando as ondas de partículas e campo magnético do sol chocarem com a Terra", disse a NASA em declaração.
O observatório irá fazer soar o alarme com uma antecedência de 30 a 40 minutos.