BMW e companhia, cuidado com as margens
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Os fabricantes alemães de carros de luxo têm feito um ótimo trabalho na expansão para novos mercados, porém o contínuo investimento em novas fábricas e marketing pode levar a uma redução dos lucros.

A lei dos rendimentos decrescentes é difícil de ultrapassar. A indústria automóvel alemã tem feito um bom trabalho, liderando uma explosão na procura de veículos sedans e desportivos premium nos Estados Unidos, assim como na China e outros mercados emergentes nos últimos anos. Pelo menos até agora.

Como William Boston relata no The Wall Street Journal, sustentar o crescimento das vendas para justificar o enorme e contínuo investimento em novas fábricas, nova tecnologia, e marketing para uma gama de modelos crescente, vem com o risco de comprometer as margens de lucro:

“O fabricantes automóveis BMW AG (BMW.XE +1.18%), Audi AG (NSU.XE -0.89%), e Mercedes-Benz estão a correr uns contra os outros pela coroa das vendas na indústria de carros de luxo, mas as enormes quantias que estão a gastar para ganhar vantagem estão a começar a corroer os lucros…As politicas arrojadas da indústria automóvel estão a começar a atingir os lucros da mesma. Os ganhos do trio em 2014 eram altos com grandes volumes de encomendas, mas as margens de lucro, exceto na Daimler, estão a mostrar sinais de declínio.”

As margens de lucro dos fabricantes da indústria dos automóveis de luxo continuam muito acima dos fabricantes de automóveis em massa rivais, mas há uma caída significativa nos lucros da Audi, BMW e Porsche nos trimestres recentes, mesmo que a Mercedez-Benz da Daimler tenha apanhado os seus rivais.

No quarto trimestre, a margem de lucro da BMW caiu de 9,4% nos três meses anteriores, e de 9,2% no mesmo trimestre no ano passado, para 8,2%. A da Audi caiu para 9,1% dos 9,2% nos últimos três meses e 10% no trimestre final de 2013. A lucratividade da Porsche recuperou para os 15,9% dos 13% no terceiro trimestre, mas a fabricante automóvel tinha conseguido manter uma média de quase 17% ou mais nos trimestres anteriores.

Entretanto, a pressão para investir em novos modelos e novas tecnologias continua intensa. Segue-se a Porsche, da Volkswagen VLKAY +1.20%, a falar do seu futuro a médio-prazo na Sexta-feira:

“Vamos apresentar uma série de modelo 7 num futuro não muito distante,” disse o Chefe Executivo Matthias Müller.

Müller diz que a empresa está a estudar “designs prometedores” mas ainda não tomou nenhuma decisão. Uma opção que ele não excluiu foi que a Porsche podia construir o seu primeiro carro desportivo puramente conduzido com baterias elétricas para a utilização regular na estrada. Numa descaída, ele acrescentou que o “veiculo elétrico” seria construído numa fábrica do grupo Volkswagen.

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