As 10 perguntas a fazer para encarar a realidade do seu negócio
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Guy Kawasaki, autor de “A Arte do Começo” – um dos livros de referência para empreendedores, dá ênfase à necessidade de encarar as circunstâncias reais da sua empresa, para não ficar preso num estéril mundo de fantasia. Como poderá ficar ciente da realidade?

Os leitores desta coluna sabem que sou um grande fã de Guy Kawasaki em geral e especificamente do seu atualizado clássico “The Art of the Start 2.0” (A Arte do Começo 2.0). Depois de o ler duas vezes considero que existem partes que não são apenas úteis – mas portas de entrada para profunda sabedoria de negocio.

No capítulo da liderança Guy ressalta que os líderes devem escolher entre:

  1. Perseguir a fantasia do sucesso ou
  2. Considerar a realidade e adaptarem-se em conformidade. Das duas abordagens: perseguir a fantasia será muito mais divertido – até você falhar.

Encarar a realidade é mais desafiante.

Para garantir que você não se está a enganar a si próprio seguem-se as “, juntamente com a minha explicação sobre o porquê dessas verificações da realidade serem tão importantes.

As dez mais importantes questões que você deve colocar de Guy Kawasaki

  • Qual é a nossa prioridade? Saber o que é mais importante coloca tudo o resto em perspetiva. Se uma atividade não corresponder à sua principal prioridade, é uma distração. Quando existem diversas prioridades (um oxímoro) a sua equipa gastará a sua energia a retardar coisas.
  • Quando é que iremos lançar o produto? A data de lançamento do seu produto afeta todas as atividades de cada indivíduo ou grupo na sua empresa. Se a sua data de lançamento não for realista muito do trabalho que é feito para apoiar o lançamento será desperdiçado e será necessário refazê-lo.
  • Quando é que iremos ficar sem dinheiro se não lançarmos o produto? Enquanto a questão anterior o previne de definir uma data de lançamento ireal, em breve, esta questão irá inoculá-lo a si, à sua equipa e ao seu produto de arrastarem ou procurarem o perfecionismo do produto, qualquer um dos dois podendo empurrar a data de lançamento para muito tarde.
  • Quanto custa adquirir um cliente? Por incrível que pareça muitos empreendedores não pensam totalmente nisto. Há algum tempo trabalhei com uma empresa que gastava 43 dólares para adquirir cada cliente “com acesso gratuito para utilização básica”, assumindo (erradamente, como se viu) que a maioria dos mesmos iria evoluir para utilizadores que pagariam pelo acesso ao serviço.
  • Qual é o nosso verdadeiro e total custo de operações? Você achará que esta questão faz parte de qualquer plano de negócios de cada empresa mas em algumas empresas os líderes fecham os olhos, normalmente por terem receio da resposta. É assim que as start-up queimam 20 mil dólares antes de lançarem qualquer produto.
  • Com quem é que competimos? Tenho visto muitas vezes empresas entrarem num mercado que já tem dois fornecedores dominantes (um líder e um suplente) e ficam surpreendidas quando não conseguem obter tração. Também já vi start-ups que não sabem quem mais está a desenvolver produtos semelhantes. Erros fatais, ambos.
  • O que é que a nossa concorrência faz que nós não conseguimos? Saber o que é único sobre o seu produto diz-lhe o que enfatizar quando você o lançar. Tudo bem – mas se você não souber o que é único sobre a sua concorrência você continuará a ser tomado de surpresa quando estiver a vender contra os mesmos.
  • Quem são os nossos colaboradoras menos produtivos? Esta é, infelizmente, uma pergunta difícil na medida em que em start-ups os colaboradores pouco produtivos podem ser seus amigos ou familiares. Por mais doloroso que possa ser, se você não conseguir descobrir como tornar estes indivíduos mais úteis você terá que os dispensar – para o bem de todos.
  • Do que andamos a comprar – o que é que podemos solicitar, pedir emprestado ou alugar? Esta questão é auto-explicativa. Posso acrescentar que hoje você pode encontrar serviços, que costumavam custar bastante, oferecidos gratuitamente. A nova empresa de Guy, Canva.com, que ajuda qualquer pessoa a criar gráficos profissionais é um exemplo disso.
  • O quão bom sou como líder? Finalmente, e inevitavelmente, ser um verdadeiro líder requer auto-consciência para conhecer os seus pontos fortes mais também – e mais importante – as suas fraquezas. As suas forças determinam aquilo que você consegue alcançar. As suas fraquezas determinam o que você irá alcançar.
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