Richard Branson, fundador do grupo Virgin, elabora sobre os fatores que podem criar uma cultura de trabalho que faça a diferença. Que ideias pode você adotar para a sua empresa?
Quando recentemente estava a olhar para as imagens dos impressionantes novos escritórios da Facebook, desenhados por Frank Gehry, reparei no comentário de Mark Zuckerberg.
“O nosso objetivo é criar o espaço perfeito para as nossas equipas trabalharem em conjunto. Queremos que o nosso espaço transmita a sensação de um trabalho em progresso. Queremos que as pessoas, quando entram nos nossos edifícios, sintam o quanto ainda falta fazer na nossa missão para interligar o mundo.”
Esta afirmação, bem como a realização na sua forma física, é adequada à visão da empresa. Poderia não funcionar noutras organizações, mas não deixa dúvidas quanto à ideia por detrás do design. Muitos outros empresários deveriam seguir este exemplo e criar espaços de trabalho que complementem e potenciem a filosofia das suas marcas. E o mesmo é válido para embutir um forte sentimento de cultura da empresa.
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O que resulta para a cultura de uma empresa pode ser desajustada para outra. A chave é encontrar o que é melhor para a equipa e criar algo único, de forma a ser capaz de obter um desempenho ainda melhor.
Destacar a cultura da empresa que é única no seu negócio é algo que gostarei de discutir com Sheryl Sandberg, durante o debate Virgin Disruptors. Tal como a Virgin, também a Facebook tem vindo a ser destaque nas notícias como resultado de uma política de valorização dos empregados diferente das demais.
Embora muitas pessoas possam argumentar que o que Tony Hsiesh e a Zappos estão a construir na baixa de Las Vegas é ainda mais aventureiro que um tratamento de fertilidade gratuito e uma baixa anual ilimitada.
“Queremos que a Zappos funcione mais como uma cidade e menos como uma organização burocrática vertical”, explicou Hsiesh. “Olhem para as empresas que há 50 anos estavam na lista da Fortune 500 – a maioria já não existe hoje em dia. As empresas tendem a morrer, mas as cidades não”.
Esta é outra abordagem genuinamente única à ideia da cultura de empresa. Nunca existiu uma solução mágica adequada a todas as empresas para que elas se certifiquem que os seus empregados estão todos felizes e saudáveis; mas isso não impede as pessoas de tentarem aplicar táticas motivacionais gastas e ineficazes, ou outras recompensas semelhantes. Oferecer algo que o distingue da concorrência pode ser o seu maior trunfo, especialmente para novas empresas que estejam a tentar entrar nos mercados mais competitivos.
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Eu vi um excelente exemplo disto mesmo nos nossos novos Hotéis Virgin de Chicago. Por enquanto apenas temos um hotel, mas fomos capazes de incutir um forte sentimento de cultura da companhia logo desde do início, o que nos permitiu atrair uma fantástica equipa. A indústria hoteleira não tem a melhor reputação no que se refere ao tratamento dos seus empregados, por isso, ao inovarmos nesta área, temos sido capazes de tornar o próximo hotel Virgin num local onde toda a gente gostaria de trabalhar.
Atividades saudáveis e divertidas como o ioga e um campeonato de softball da empresa têm sido bastante populares, mas elas apenas funcionam em conjunto com outras ações mais significativas. Não podemos abrir um negócio na cidade americana culturalmente mais diversa e não ver esse fato refletido na nossa política ou força de trabalho. A nossa parceria com a Voxy – a plataforma de aprendizagem de inglês – permite que os nossos empregados cuja língua materna não seja o inglês possam melhorar as suas capacidades. Todas estas coisas não apenas beneficiam os indivíduos nas suas vidas privadas, como também melhoram o desempenho da empresa.
Não há uma forma correta ou errada para criar uma cultura empresarial, desde que tenha sempre em consideração os seus empregados. O que pensa que poderá ajudar a criar uma fantástica cultura de empresa, e ao mesmo tempo melhorar o ambiente no local de trabalho?