A economia europeia é complexa e a sua compreensão a fundo requere muito estudo. Porém basta conhecer os títulos dos relatórios da Comissão Europeia para ter uma síntese do quadro económico europeu.
A Comissão Europeia assiste aos proverbiais “rebentos” de recuperação da economia da UE. Esta não é apenas a nossa interpretação – a Comissão colocou mesmo uma fotografia de rebentos reais na capa da sua última série de previsões económicas.
"Rebentos" (A Comissão Europeia)
Estes relatórios normalmente apresentam 200 páginas ou mais. Mas tal como observámos antes é fácil obter uma essência do que dizem graças aos títulos concisos que a Comissão confere a cada relatório e a cada capítulo dentro do mesmo – cada Estado-membro tem o seu próprio capítulo.
Estas sinopses são suficientes para que você soe semi-informado se, por exemplo, a economia eslovena surgir em conversa no seu próximo jantar, como é frequentemente o caso. (“O forte crescimento deve desacelerar mas irá tornar-se mais amplo.” Irá você dizer perante aprovadores acenos dos seus convidados.)
O último relatório da Comissão foi intitulado “Os ventos de cauda apoiam a recuperação.” O sentimento é um pouco mais otimista do que em edições anteriores – com uma mudança notável dos “ventos contrários” mencionados no título do relatório do inverno de 2013.
Vamos recapitular rapidamente o progresso dos desenvolvimentos da economia europeia com base nas datas e títulos dos relatórios da Comissão desde 2013:
- Inverno de 2013: A superar adversidades gradualmente
- Primavera de 2013: O ajuste continua
- Outono de 2013: Recuperação gradual, riscos externos
- Inverno de 2014: A recuperação ganha terreno
- Primavera de 2014: O crescimento ganha uma base mais ampla
- Outono de 2014: Recuperação lenta com inflação muito baixa
- Inverno de 2015: Melhores perspetivas – mas os riscos persistem
- Primavera de 2015: Os ventos de cauda apoiam a recuperação
No que diz respeito aos países em concreto seguem-se os títulos referentes à economia de todos os membros da UE, retirados dos títulos dos capítulos do último relatório da Comissão:
- Alemanha: Impulso temporário de atividades seguido por constante expansão
- Áustria: A persistente incerteza dificulta uma recuperação mais forte
- Bélgica: Uma procura interna ténue impede clara aceleração
- Bulgária: Investimento fraco limita o crescimento
- Chipre: O progresso em reformas estruturais promete um novo vapor para uma tardia recuperação económica
- Croácia: Os fatores externos deslocam a economia para uma recuperação ténue
- Dinamarca: Espera-se que a recuperação venha a fortalecer
- Eslováquia: Fortalecida recuperação impulsionada por procura interna estável
- Eslovénia: Forte crescimento tende a desacelerar mas ganha base mais ampla
- Espanha: Aumento do crescimento no seguimento de forte crescimento do emprego
- Estónia: Crescimento apesar de constrangimentos externos
- Finlândia: A recuperação demora a acelerar apesar de melhorias no ambiente externo
- França: Ventos de cauda estimulam a procura interna
- Grécia: Não é possível acelerar a recuperação no meio de alta incerteza politica
- Holanda: A recuperação económica finalmente ganha terreno
- Hungria: Desaceleração do crescimento, uma mudança do investimento para o consumo
- Irlanda: A revitalização da procura interna apoia o crescimento sólido
- Itália: Prevista recuperação gradual
- Letónia: A dinâmica de crescimento é sustentada pela procura
- Lituânia: A procura interna mantém a economia no caminho certo
- Luxemburgo: Crescimento em direção a níveis de pré-crise
- Malta: O desempenho económico continua robusto
- Polónia: Crescimento económico sustentado apoiado por forte procura interna
- Portugal: Consolidação da recuperação económica
- Reino Unido: A procura interna continua a impulsionar um forte crescimento
- Roménia: A procura interna alimenta um crescimento forte, consolidação fiscal invertida
- República Checa: A procura interna impulsiona a recuperação
- Suécia: Forte investimento e perspetivas animadas para as exportações