As maiores empresas do mundo em 2015

Conheça a mais recente lista Fortune Global 500, que estabelece o ranking das maiores empresas do mundo em termos de receitas.

Foi publicado o Fortune Global 500 – o ranking anual das maiores empresas do mundo em termos de receitas. De forma conjunta, as 500 empresas incluídas geraram receitas record de $31,2 biliões (uns 0,5% a mais do que no ano passado) enquanto os lucros globais sofreram uma queda de 15 pontos percentuais, registando apenas $1,7 biliões, devido aos gigantes da área energética terem sido abalados com a queda dos preços do petróleo. Só para manter o suspense, eis as 20 maiores produtoras de dinheiro do mundo.

A AXA (EPA: CS) tem estado a trabalhar na expansão da sua presença na Ásia e na América Latina e tem beneficiado com a situação fraca do euro, se bem que as taxas de juro baixas do continente lhe custaram as fracas vendas.

A Exor Group (NYSE: ING), a sociedade de investimentos italiana por detrás da Fiat e do Juventus FC, saltou cinco posições, com um aumento de 7% nos rendimentos. No entanto, os lucros caíram 84% em relação ao ano passado.

Mesmo tendo subido sete lugares, o Banco Industrial e Comercial da China (SHA: 601398), o maior banco do mundo, só conseguiu chegar ao 18º lugar em termos de rendimentos. No ano passado, foi declarado pela revista The Banker como o banco mais forte do mundo em termos de reservas de capital e é o que tem o maior lucro na Fortune Global 500.

A Daimler (OTCMKTS: DDAIY) vendeu uns 2,5 mil veículos em 2014 e a sua carteira inclui algumas das marcas mais icónicas do mundo, como a Mercedez-Benz e a Mitsubishi.

McKesson (NYSE: MCK), a gigante farmacêutica, viu os seus lucros aumentarem para quase um terço, graças ao forte desempenho na divisão de vendas por grosso, em conjunto com uma maior aposta na German Celesio.

A Apple (NASDAQ: AAPL) , a empresa mais valiosa do mundo com uma capitalização bolsista de quase $767 mil milhões, posiciona-se apenas no 15º lugar no ranking Fortune’s Global 500 das empresas com os maiores rendimentos. Contudo, tem o segundo maior lucro na lista, logo a seguir ao Banco Industrial e Comercial da China.

As vendas da Berkshire Hathaway (NYSE: BRK.A), a sociedade de investimentos gerida pelo Warren Buffet, cresceram 6% depois daquilo que a Fortune apelidou em 2013 de “ano de destaque”, quando o fundo comprou a Heinz e aumentou as vendas 12%.

A Samsung e a Apple estão numa batalha constante para serem a maior fabricante de smartphones do mundo, e mais uma vez, a empresa sul coreana derrotou a sua rival americana em termos de receitas, apesar da queda destes este ano após um crescimento de 17% no ano passado, tendo registado um valor record de $27 mil milhões.

A Chevron (NYSE: CVX) manteve o seu lugar no ranking apesar do ano fraco, no qual a queda nos preços do petróleo abalou 7% dos seus rendimentos e 10% dos seus lucros.

Outra empresa que também manteve o seu lugar foi a Total (EPA: FP), que tal como tantas outras, foi prejudicada pelos preços fracos do petróleo. O seu novo CEO, Patrick Pouyanné, que assumiu o comando depois de Chistophe de Margerie ter falecido num acidente de viação no ano passado, comprometeu-se a cortar nos gastos.

A Glencore (LON: GLEN) teve uma recuperação nos lucros após ter registado no ano de 2013 uma perda de $7,4 mil milhões devido à adquisição da Xstrata. Todavia, as suas vendas caíram 5 pontos percentuais, pois tal como várias outras empresas, foi arrastada pelos preços baixos dos produtos.

A Toyota (TYO: 7203) é a empresa japonesa com a melhor posição no ranking Fortune Global 500, mas as suas vendas abrandaram devido ao iene fraco e a uma série de retiradas de modelos de veículos que poderiam danificar a marca da fabricante de automóveis.

A Volkswagen (XETRA: VOW3) é a fabricante de automóveis mais lucrativa do mundo e uma entrada rara (juntamente com a Toyota) no top 10 do Fortune Global 500, visto que a maioria das empresas que chegam a este ponto são empresas energéticas. O negócio de automóveis está a desfrutar de um forte crescimento na região Ásia-Pacifico.

A maior empresa distribuidora de eletricidade estatal tem vindo a expandir o seu alcance internacional há já vários anos, se bem que também precisa de se focar no seu mercado interno. Por isso, anunciou no ano passado planos para investir anualmente $65 mil milhões nos próximos cinco anos com o intuito de melhorar a sua rede.

O desempenho financeiro da BP (LON: BP) – que melhorou consideravelmente nos últimos anos, mais que duplicando os seus lucros em 2014 – teve uma baixa no último ano, com a quebra dos preços do petróleo a cortar 9% dos seus rendimentos e 83% dos seus lucros. A empresa petrolífera ainda está a tratar dos efeitos do derrame ocorrido na Deepwater Horizon em 2010, que lhe custou $19 mil milhões em custos de compensação.

A Exxon Mobil (NYSE: XOM), a gigante energética sediada no Texas, costumava ser a empresa cotada na bolsa mais valiosa do mundo, no entanto, a sua capitalização bolsista é hoje menos de metade do tamanho da da Apple.

Também conhecida como PetroChina, a Companhia Nacional de Petróleo da China é a quarta empresa mais lucrativa do mundo. É também a única empresa não bancária que conseguiu chegar ao top 10 da lista de empresas mais valiosas do mundo da Forbes, que é calculada em termos de rendimentos, lucros, ativos e capitalização bolsista, e ainda a empresa melhor classificada no ranking Fortune Global 500 que não é cotada na bolsa.

A Shell (LON: RDSB) foi derrubada do primeiro lugar no ano passado depois de uma queda de 4,6% nas vendas, e este ano afunda até ao 3º lugar depois de uma redução de 7% nos rendimentos. A gigante energética ficou com nova gerência em janeiro de 2014, com o novo CEO Ben van Beurden a comprometer-se a resolver os problemas financeiros da empresa… mas só depois de ter gasto $70 mil milhões a comprar a rival BP Group no início deste ano.

Representando mais uma prova de que compensa estar no sector energético, mesmo quando os preços estão em queda, a Sinopec (OTCMKTS: SNPMF) é a segunda empresa mais lucrativa do mundo depois de derrubar a Royal Dutch Shell. Também conhecida como China Petroleum & Chemical, a gigante energética perdeu 2 pontos percentuais em rendimentos e viu os seus lucros caírem 42%.

A WalMart (NYSE: WMT) tem o maior número de vendas do que qualquer outra empresa do mundo. A grande retalhista, que é uma das principais impulsionadoras do “Black Friday”, a loucura anual de compras em que os consumidores norte-americanos gastam milhares de milhões de dólares em produtos vendidos com descontos, conseguiu reclamar o primeiro lugar dez vezes nesta lista desde 1995.