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A forma como gere o tempo depende diretamente dos traços da sua personalidade. Conheça as 5 formas diferentes de lidar com o tempo.

A forma como passamos ou não passamos o nosso tempo é uma escolha nossa, para o bem ou para o mal. Enquanto você provavelmente já sabe que procrastina, ou que está sempre atrasado, poderá não reconhecer como esse comportamento está enraizado na sua única e possivelmente disfuncional relação com o tempo.

Também poderá não ter noção do poder que tem para alterar esta relação. Fazê-lo requer que faça um inventário honesto dos seus comportamentos e crenças e que admita onde fica aquém. Dizer a verdade sobre a forma como trata o seu tempo irá dar-lhe perspetiva, clareza e oportunidade para adotar uma atitude diferente se assim o desejar.

Vinte anos de coaching familiarizaram-me com alguns traços de personalidade relacionados com o tempo e que identifiquei mesmo nas pessoas mais inteligentes e bem sucedidas que conheci. Chamo a esses traços “bandidos do tempo” pois são ladrões sem lei do nosso recurso natural mais precioso! Gosto de dar a estes ladrões nomes humorísticos para torná-los mais fáceis de serem abordados e desconstruídos. Veja se se identifica com algum destes personagens da má gestão de tempo.

1. Os mártires do tempo

Apesar de se lamentarem constantemente de que “nunca há tempo suficiente” estes indivíduos, que gostam de agradar, preenchem as suas agendas com compromissos com os outros em vez de se focarem no que é realmente importante para os mesmos. Ganham respeito e validação dessa forma mas negligenciam a lista de coisas que realmente contribuiriam para construir a autoestima – porque ser fiel perante essas coisas é assustador. Irão saltar a qualquer hipótese de dizer “sim” face a qualquer pedido que afaste a sua atenção da tarefa que têm em mãos – a venda de garagem de um vizinho, o trabalho de casa de último minuto de uma criança ou um amigo a precisar de conselho.

A verdade: toda a gente no mundo tem a mesma quantidade de tempo – 24 horas, todos os dias. Se você se sente sobrecarregado, ou o contrário, é porque não está a priorizar corretamente. Considere as tarefas pessoais que coloca de lado para ajudar outros. Pergunte a si mesmo “Porque é que evito isto?” Sim, você está a evitar. Porquê?

2. Os procrastinadores selvagens

Tanto alimentados por adrenalina como paralisados pela indecisão estes caçadores de emoção adoram trabalhar contra o relógio, até ao último minuto. Muitos chegam a afirmar que o seu melhor trabalho é feito sob pressão, mas será mesmo? Será que esse momento relâmpago vale todas as oportunidades perdidas, as relações estragadas e o stress, ansiedade e culpa constantes?

A verdade: a procrastinação é o exato oposto da produtividade. Num nível mais profundo é uma distração sempre presente que você carrega consigo a partir do momento em que decide “lidar com isso mais tarde”. Até então, você carrega uma responsabilidade irritante e insatisfeita que o impede de estar totalmente presente.

3. Aqueles que subestimam o tempo

Com a dissimulada garantia de que “apenas levará um minuto” aqueles que subestimam o tempo perdem-se numa atividade e culpam as horas por passar enquanto não prestam atenção. Cada compromisso fica assim adiado e comprometido pois não mediram o seu tempo com precisão. Estas pessoas preenchem as suas agendas com centenas de ideias brilhantes e depois desejam que todas se concretizem... De alguma forma.

A verdade: as coisas levam tempo e está tudo bem com isso. Fingir que não se reconhece esse facto não o livra de se assumir como um adulto em relação ao mesmo e geri-lo de forma madura! A ineficiência com o tempo cria viciados em trabalho cegos face às armadilhas que criaram para si próprios.

4. Os que fazem tudo

É quase invejável o que estas abelhas produtivas e ocupadas parecem realizar num único dia. Tratam o tempo como um jogo que é ganho por se fazer tanto quanto humanamente possível. Valorizam a quantidade sobre a qualidade e o ter algo pronto sobre fazê-lo bem ou desfrutar do que se faz. Noite de raparigas, dia de lavandaria, consulta no dentista ou planos para o jantar – são todos tratados da mesma forma: como um círculo infinito e imparável. Aqueles que fazem tudo sentem-se exaustos e insatisfeitos não importa o que esteja no calendário.

A verdade: é impossível ser-se feliz no momento presente quando a sua mente já está a correr para o próximo item na lista. Ninguém pode “fazer tudo” para sempre – é uma prática insustentável e perigosa. Este comportamento causa esgotamentos, problemas de saúde, desgostos amorosos e arrependimento pessoal.

5. Aqueles que têm fobia do compromisso

Alternativamente chamados “esquisitos” ou “espírito livre” este tipo de pessoas gostam de ver o que acontece antes de se comprometerem com qualquer coisa. Temem ficar presas a uma agenda apenas razoável pois poderão perder a sua espontaneidade ou perder algo melhor que possa surgir no seu caminho. Sufocados por planos concretos aqueles que têm fobia de compromissos irão esperar até estarem “no clima” para fazerem alguma coisa – o que deixa muita coisa por fazer.

A verdade: as pessoas bem sucedidas não vivem os seus dias de acordo com o seu estado de espírito: conduzem o seu humor de acordo com o plano que têm. Aqueles que têm fobia do compromisso são escravos do seu humor, o que é uma receita para a confusão, descontentamento e, por último, fracasso.

Se você conseguir admitir ser um, alguns ou mesmo todos estes bandidos do tempo já deu um passo na direção certa! Dominar o tempo começa quando você se conhece bem o suficiente para desenhar um plano que funcione para si e que o faça feliz. Considerando que todos os outros aspetos da sua vida são afetados pela sua relação com o tempo o mesmo tanto se poderá tornar o seu calcanhar de Aquiles como o segredo para o seu sucesso. Não importa quem você é ou o que faz – as escolhas que faz sobre a forma como passa o seu tempo determinam o tipo de vida que você tem. Escolha sabiamente!

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