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Comissão Europeia estima um milhão de chegadas em 2015, 1,5 milhões em 2016 e meio milhão em 2017.

Mais de 218 mil migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo no mês passado, o que representa um recorde mensal e quase o mesmo número total de travessias de 2014.

Espera-se assim que três milhões de refugiados entrem na Europa até 2017, altura em que haverá uma "normalização gradual dos fluxos", estima a Comissão Europeia. Bruxelas prevê um milhão de chegadas durante 2015, 1,5 milhões no próximo ano e meio milhão em 2017.

A Comissão realça que este número significará um aumento na população da União Europeia em 0,4%, e Pierre Moscovici, comissário europeu para os assuntos económicos, comenta que o fluxo de migrantes poderá fazer crescer a economia europeia.

De acordo com o mesmo "Haverá um pequeno impacto, mas positivo no crescimento da União Europeia, como um todo, que fará subir o Produto Interno Bruto de 0,2 para 0,3% em 2017", acrescentando assim que estes dados podem "combater um certo número de ideias feitas" e desse modo defender a política da Comissão de apoio a migrantes.

De acordo com a avaliação de Bruxelas, o fluxo de migrantes implicará uma subida da despesa pública a curto prazo, mas a médio prazo será registado um aumento do crescimento graças à subida na oferta do mercado de trabalho.

Recorde-se que no último balanço sobre a gestão da crise dos refugiados, metade dos 28 Estados-membros da UE tinha-se disponibilizado para receber 1.418 pessoas, com Portugal a garantir que pode disponibilizar 100 lugares, da lista de refugiados para recolocação imediata. O acolhimento resulta do mecanismo de recolocação de 160 mil refugiados pelos países da UE, sendo que desse total Portugal deverá receber cerca de 4.500.

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