Eis as figuras que mais certamente constituirão o executivo socialista.
Com o fim do governo de Passos Coelho e Paulo Portas, a maior dúvida é quem sucede. O novo governo será liderado por António Costa com apoio do Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda, mas estes dois partidos não vão integrar o novo executivo. Até ao momento sabe-se dos nomes aprovados, ministérios confirmados e algumas outras incógnitas.
Mário Centeno, Maria Manuel Leitão Marques, João Tiago Silveira ou Adalberto Campos Fernandes são as pessoas que muito provavelmente entrarão na equipa de Costa. O especialista do Banco de Portugal é indigitado para o Ministério das Finanças e Adalberto Campos Fernandes, antigo presidente do Hospital de Sta. Maria, deverá ficar com a pasta da Saúde.
Maria Manuel Leitão Marques deverá tratar da Modernização Administrativa no ministério da Presidência e da Reforma Administrativa. Ainda não é certo se Leitão Marques irá exercer os dois cargos.
É esperado que o antigo secretário de Estado da Justiça e da Presidência do Conselho de Ministros, João Tiago Silveira ocupe o Ministério do Ambiente, e a pasta da Justiça deverá caber a Diogo Lacerda Machado, antigo secretário de Estado de António Costa quando este foi ministro da Justiça (na época de 1999 a 2002).
A pasta da Defesa deverá passar ao ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa João Soares. Mas é também possível que este cargo seja ocupado pelo atual presidente da Federação de Lisboa Marcos Perestrello que, por sua vez, já fora secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar.
O líder do PS continua a insistir em ter ministros transversais, com áreas que abrangem vários ministérios. Tal será o caso do Mar, da Modernização Administrativa e de um novo ministro dos Assuntos Europeus. Esta pasta pode ser ocupada por Elisa Ferreira de Bruxelas. Quanto a Manuel Caldeira Cabral, deverá ser indicado para o ministério da Economia.
Independentes que atualmente são deputados, como, por exemplo, Tiago Brandão Rodrigues, Helena Freitas e Alexandre Quintanilha são indicados como certos num futuro Executivo. Além disso, Fernando Rocha Andrade e Graça Fonseca, pessoas do círculo mais restrito de António Costa, também deverão ter o seu lugar.
António Costa pode ainda chamar ministros independentes da esquerda. Tal é o caso de Ricardo Paes Mamede, que pode ficar com uma secretaria de Estado nas Finanças. Na Cultura, que recupera o estatuto de ministério, também pode haver uma figura que cumpra este critério.
O novo governo também poderá contar com figuras ligadas ao PS mas vindas da direita de modo a manter o equilíbrio no elenco governativo, visto que nas últimas semanas António Costa promoveu os almoços com António Capucho, Freitas do Amaral e Basílio Horta.