Anterior governo afirma que a ONU assegurou aceitar inscrição mal o novo governo tomasse posse, novo governo diz que inscrição não foi aceite por ser tardia.
O governo de Passos Coelho não formalizou a inscrição de Portugal na cimeira do clima por não estar ainda confirmado quem seria o primeiro-ministro em funções, mas, segundo o que uma fonte do anterior executivo comunicou ao jornal Expresso, "foi garantido junto da ONU que a inscrição poderia ser feita" mal o novo governo tomasse posse.
"Deixámos tudo preparado", insiste a mesma fonte, "mas não podíamos inscrever um fantasma".
Jorge Moreira da Silva, ex-ministro do Ambiente, aguarda que seja o seu sucessor a esclarecer "a verdade dos factos". E deixa em aberto a possibilidade de emissão de uma nota caso esses esclarecimentos não sejam prestados, afirma o Expresso.
No Parlamento, a bancada do PSD pondera chamar António Costa para esclarecer o que se passou.
"Não vamos deixar que nos culpem por uma coisa de que não somos responsáveis. Foi António Costa que não se inscreveu", afirmaram ao mesmo jornal.
Porém, uma fonte do gabinete do novo primeiro-ministro tem uma tese bem diferente. “Já era tarde para nos inscrevermos quando António Costa e o Governo tomaram posse. Esta conferência tem regras muito estritas e Portugal não está de facto inscrito porque não o fez em devido tempo. Ainda tentámos inscrever-nos, mas não conseguimos”, comunicaram ao Expresso.