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Na quarta-feira, o Congresso dos EUA vai discutir o cancelamento do embargo sobre as exportações de petróleo, introduzido em 1975, durante a crise energética. Os legislatores vão considerar esta possibilidade diante da queda dos preços das matérias-primas.

Espera-se que até 16 de dezembro a Câmara de Representantes do Congresso aprove o plano do orçamento de Estado para o ano fiscal de 2016. Inicialmente, o prazo limite foi a sexta-feira, dia 11 de dezembro.

O atraso na aprovação da lei sobre a assignação de 1,15 biliões de dólares para as despesas públicas é causado pela disputa entre os democratas e republicanos. Os republicanos esperam que a abertura do mercado mundial para os produtores petrolíferos vai contribuir para um influxo adicional de dinheiro nos Estados Unidos e ajudará a equilibrar o orçamento de Estado. Os democratas têm uma condição: incluir no orçamento de 2016 uma série de benefícios para a área de energia renovável.

No momento, as reservas nos armazéns dos EUA contêm 486 milhões de barris. Graças ao crescimento da extração de petróleo de xisto durante a última década, o volume de produção quase duplicou. Durante a primeira semana de dezembro, as refinarias de petróleo norte-americanas processaram cerca de 16,7 milhões de barris por dia contra os 16,9 milhões de barris na semana anterior. Porém, as importações estão a crescer para 8 milhões de barris diários. Assim, a queda do procura e a oferta sempre alta fazem com que os políticos e os empresários exijam o cancelamento do embargo sobre as exportações petróleo bruto.

As empresas petrolíferas insistem em manter o embargo. As exportações livres ameaçam o seu lucro. Segundo as avaliações do Ministério de Energia dos Estados Unidos, até 2025 as empresas podem perder 22,7 mil milhões de dólares na sequência desta medida.

A abundância de petróleo permite às empresas petrolíferas comprar matérias-primas por um preço baixo, e depois vendê-lo no mercado local e mundial. O lucro das empresas depende também do facto de que os preços estão ligados ao petróleo Brent em vez de WTI.

Os especialistas supõem que no caso do cancelamento do embargo sobre as exportações do petróleo dos EUA os preços no mercado global não vão mudar muito — a oferta total de matérias-primas estará a mesma.

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