Há ideias erradas sobre a forma como as pessoas enriquecem. Aqui tentaremos desmistifica-las.
Passei cinco anos a estudar as atividades diárias de indivíduos ricos. Aprendi tantas coisas que passei a maior parte de sete anos a partilhar a informação para ajudar pessoas com problemas financeiros a saírem do abismo que é a pobreza. Uma das muitas coisas que aprendi é que os milionários por esforço próprio têm uma compreensão muito diferente sobre o dinheiro – em relação às restantes pessoas. Gostaria de partilhar alguns dos mitos em relação ao dinheiro que desvendei com a minha pesquisa.
1. Mito 1: investir é apenas um jogo de azar
36% dos milionários alvo do meu estudo eram aquilo a que gosto de chamar Home Depot Investors. Estes indivíduos alcançaram a maioria da sua riqueza a investir em ações de empresas individuais. Antes de comprarem cada ação debruçavam-se sobre as finanças de cada potencial investimento à procura de pontos fortes e fracos. De seguida, conversavam com um consultor financeiro para se certificarem de que a sua diligência financeira estava correta.
Faziam o seu trabalho de casa – que não acabava com a compra da ação. Continuavam a monitorizar as finanças de cada empresa em que tinham investido. Se as finanças melhorassem – investiam mais dinheiro. Se piorassem – vendiam-nas.
Soa muito como Warren Buffet, não é? Para estes milionários investir é apenas um jogo de azar se você não fizer o trabalho de casa.
2. Mito 2: toda a dívida é má
51% dos milionários do meu estudo eram empresários. Começaram empresas e geriram-nas como se as suas vidas dependessem disso. Assumiram riscos que fariam a maioria acovardar-se com medo – e não evitaram dívidas.
Na verdade, muitos assumiram enormes dívidas para começar, crescer e expandir os seus negócios. Utilizaram a dívida para criar um ativo de negócio que acabaria por gerar lucros significativos – tornando-os ricos.
Para esses milionários trata-se de dívida boa. A má dívida é aquela utilizada para financiar perdas nos negócios depois de os mesmos terem passado o período de arranque. As perdas significam que não está a executar o seu negócio corretamente – e utilizar dívida para financiar uma empresa mal gerida é má dívida.
3. Mito 3: é preciso sorte para se ser rico
Há uma diferença entre sorte aleatória e sorte oportuna. Para os mais frustrados a sorte aleatória é aquela que torna os ricos em indivíduos ricos. Não é assim. A sorte oportuna é que torna os ricos em indivíduos ricos.
A sorte oportuna é um tipo único de sorte que os ricos criam como resultado de terem bons hábitos diários. Quando você tem bons hábitos diários você amplia as oportunidades para a sorte ocorrer.
Bons hábitos diários – como ler, cuidar da sua saúde e focar-se nos seus objetivos – não são nada mais do que comportamentos persistentes automatizados que o ajudam a chegar mais perto das metas por detrás dos seus sonhos – e ajudam a atrair a sorte oportuna.
4. Mito 4: a busca de riqueza é ganância
Sergei Bachlakov / Shutterstock.com
93% dos ricos no meu estudo tanto gostavam como adoravam o que faziam como trabalho – muito antes da riqueza e do sucesso terem surgido.
O milionário médio do meu estudo levou 32 anos a acumular a sua riqueza. 97% dos ricos no meu estudo avançaram que a ganância não era um fator de motivação para o que faziam para viver. Fizeram-no porque gostavam ou adoravam, não por estarem numa missão para se tornarem milionários.
5. Mito 5: um tostão poupado é um tostão ganho
Um tostão poupado é um tostão ganho – mas é um mito que os seus próprios tostões sejam suficientes para construir riqueza. Um tostão investido são dez tostões ganhos.
Os indivíduos ricos do meu estudo investiram o seu dinheiro em um (ou mais) dos seguintes: nos seus próprios negócios, em ações de outras empresas (veja o mito nº 1 acima) ou em imobiliário. Se você quer mesmo ser rico – deve investir o seu dinheiro.