O portal CoinDesk publicou recentemente o relatório analítico State of Blockchain – Q3 2017 que apresenta as principais tendências sentidas no mercado de criptomoedas no terceiro trimestre de 2017 (julho – setembro).
Tal como a versão anterior, o relatório encontra-se dividido em duas partes. A primeira parte analisa o estado geral do mercado de criptomoedas (preço e capitalização de mercado das principais criptomoedas, volume das transações realizadas, etc.) e a segunda parte examina os resultados de pesquisa conduzida junto de 400 investidores focados em criptomoedas – com dados relativos à atitude dos mesmos em relação às moedas digitais, entre outros pontos.
Para uma análise concisa da situação geral do mercado de criptomoedas reunimos em 16 gráficos os dados mais relevantes do relatório. Consulte-os de seguida.
Parte I – Análise geral
Tal como no segundo trimestre deste ano os ativos digitais superaram os tradicionais em termos de rentabilidade. Os indivíduos que compraram criptomoedas no início do ano e as mantiveram até ao terceiro trimestre viram os seus investimentos aumentar quase sete vezes.
Curiosamente, as criptomoedas mais rentáveis no terceiro trimestre não foram a Bitcoin ou a Ethereum – mas sim altcoins pouco conhecidas: a AdEx (em 89º lugar no ranking da Coinmarketcap), a Rise (117º), a Triggers (167º), a NoLimitCoin (161º) e a Pura (84º).
A capitalização do mercado de criptomoedas como um todo não tem parado de crescer. De julho a setembro aumentou mais de 50 mil milhões de dólares – e, entretanto, já em pleno quarto trimestre do ano, destaca-se que esse valor ronda os 354 mil milhões de dólares (5 de dezembro de 2017).
Em geral, o aumento do preço das criptomoedas desde o início do ano tem sido impressionante – e a sua volatilidade também.
O número de transações diárias aumentou para a maioria das criptomoedas – exceto para a Bitcoin.
O custo médio por transação também aumentou. Para a Bitcoin correspondeu a 3,2 dólares (em comparação com 2,4 dólares no trimestre anterior).
A popularidade das criptomoedas também tem vindo a aumentar. Há cada vez mais indivíduos a pesquisar sobre as principais criptomoedas no Google.
No terceiro trimestre o volume diário de negociação de Bitcoin aumentou acentuadamente – mais de metade no par BTC/JPY.
A popularidade das ICO – Oferta Inicial de Moeda – também tem vindo a aumentar. No terceiro trimestre as empresas que realizaram ICO arrecadaram 1,2 mil milhões de dólares, dez vezes mais do que o financiamento arrecadado através de capital de risco (156 milhões de dólares). A ICO está a tornar-se forma privilegiada para angariação de capital.
Parte II – Resultados da pesquisa
A CoinDesk baseou-se em inquérito a 400 investidores focados em criptomoedas para criar o perfil do investidor médio. Concluiu que 93% dos investidores são homens.
84% dos investidores têm vindo a expandir a sua carteira, descobrindo novas criptomoedas. 78% dos entrevistados têm mais do que Bitcoin e Ethereum.
O 3º trimestre deste ano foi aquele que registou maior atividade por parte dos investidores. Destaca-se ainda que 50% dos mesmos verificam o preço das criptomoedas todos os dias – e 33% a cada hora.
Metade dos investidores consultados acredita que a Bitcoin e restantes criptomoedas não são uma bolha. No entanto, a resposta mais popular foi “Talvez Sim”, 23% dos inquiridos.
A comunidade de criptomoedas está otimista quanto aos preços no futuro – especialmente quanto à Bitcoin e Ethereum.
No 3º trimestre, 44% dos inquiridos participaram numa ICO – em comparação com 39% no trimestre anterior. Metade dos que ainda não o fizeram tem curiosidade.
Tal como no último trimestre, a maioria dos participantes em ICO (56,5%) comprou tokens como investimento para o longo prazo – esperando beneficiar de aumento de preço no futuro.