Como perder as suas criptomoedas: os exemplos mais comuns
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5 de Julho de 2018

Não é nada difícil perder criptomoedas — seja pela simples aquisição online, que encerra os seus riscos, seja pelo revés de crime cibernético, cada vez mais frequente. Conheça, assim, algumas das formas através das quais poderá ficar a zeros.

Não necessariamente por culpa sua

Furto de identidade

Nesta situação, golpistas «sequestram» números de telemóvel e ligam para as respetivas operadoras fazendo-se passar pelos reais proprietários. De seguida, associam os números a dispositivos seus e acabam por obter acesso a dados privados, como credenciais de carteiras ou plataformas de criptomoedas.

Ataque 51%

Este ataque nunca aconteceu mas é o maior receio dos entusiastas das criptomoedas. Se um grupo nefasto de indivíduos obtiver controlo sobre mais de metade do poder de computação da rede de uma criptomoeda poderá adulterar o processo de verificação das transações e gastar os mesmos tokens duas ou mais vezes.

Pedidos de resgate

Qualquer pessoa ou entidade pode ser alvo de um pedido de resgate — o que normalmente, no âmbito do mercado de criptomoedas, tenderá a envolver a «apreensão» de dados ou ficheiros (e não necessariamente o sequestro de pessoas) como «reféns» até a vítima pagar o montante solicitado em criptomoedas.

Por alguma culpa sua

Plataformas alvo de furto ou falhas

Nos dias de hoje está a tornar-se comum ouvirmos que determinada plataforma de criptomoedas foi alvo de ataque de hackers — que tendem a fugir com os fundos dos clientes. Mas não fica por aí. Os investidores também podem perder fundos por falhas das plataformas, como contas que congelam fundos e impedem a compra ou venda em momentos significativos do mercado.

ICO fraudulentas

Têm sido aplicados milhares de milhões a Ofertas Iniciais de Moeda (ICO), muitas das quais fraudulentas — ou seja, perderam-se milhares de milhões para sempre.

Ações sobre-valorizadas

Foram várias as empresas em dificuldades a usar o burburinho em torno das criptomoedas para aumentar o valor de mercado das suas ações entre final de 2017 e início de 2018 (a Long Island Iced Tea, por exemplo, mudou o seu nome para Long Blockchain). Investidores tradicionais acabaram por apostar em ações dessas, procurando exposição ao mercado, mas os ganhos não duraram e algumas empresas tiveram problemas com reguladores.

Houve mais de 4000 vítimas de crimes relacionados com criptomoedas em todo o mundo em 2017, com perdas de mais de 58 milhões de dólares — em comparação com 392 vítimas e menos de 2 milhões em 2014, segundo o FBI.

Totalmente por culpa sua

Chaves perdidas

Poderá não haver frustração maior do que comprar Bitcoin em baixa (digamos em 2013) e tentar vender em alta (digamos final de 2017) e perceber que perdeu a sua chave privada…

Fraudes nas redes sociais

Há um «jogo» comum a circular nas redes sociais: «se nos enviar uma Ether, enviamos 100 de volta». Soa bom demais para ser verdade? Exato. Ainda assim, há golpistas a tentar enganar utilizadores criando perfis falsos (com nomes e fotografias reais) para convencerem as suas vítimas de que se tratam de fonte respeitável.

Desde agosto de 2017 que se perderam 225 milhões de dólares em crimes cibernéticos relacionados com a criptomoeda Ethereum. Dessas perdas, 51% derivaram de ataques de phishing.

Endereço errado

Ao contrário do que se passa com transações com cartões de crédito, as transações com criptomoedas são irreversíveis. Se enviar tokens digitais para um endereço errado não terá qualquer hipótese de os receber de volta se a outra parte não o quiser fazer.

Fonte: Bloomberg

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