Como estão a Amazon, a Microsoft e a Alibaba a usar a «blockchain»?
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26 de Julho de 2018

Nem todas as gigantes da tecnologia e da Internet se têm mostrado dispostas a lidar com a tecnologia «blockchain»— ou a aceitarem-na! Porém, para algumas, a sua viabilidade e aplicação a diversos sectores é tida como certa. Falamos da Amazon, da Microsoft e da Alibaba, empresas que já se encontram a explorar esta tecnologia na sua atividade diária.

Que trabalho está a ser desenvolvido? E que inovações se poderão esperar?

Amazon

Como estão a Amazon, a Microsoft e a Alibaba a usar a «blockchain»?
Jonathan Weiss / Shutterstock.com

A Amazon (NASDAQ: AMZN) comprou três domínios relacionados com criptomoedas no início deste ano: o amazonethereum.com, o amazoncryptocurrency.com e o amazoncryptocurrencies.com. Porém, não são claros quais os seus planos. Aliás, desconhece-se se a empresa pretende, por exemplo, aceitar as criptomoedas como método de pagamento nas suas plataformas.

Contudo, a gigante tem provado que não está disposta a ficar para trás neste sector.

Segundo o divulgado pelo Patent and Trademark Office dos EUA foi aprovada uma patente apresentada pela Amazon no início deste ano. A mesma revelou que a empresa desenvolveu tecnologia para processar streaming de dados em grande escala e com baixa latência, o que poderá permitir que traders recebam dados quanto às suas transações de criptomoedas em tempo real.

Com essa tecnologia, os vários serviços oferecidos pela Amazon também poderão ser capazes de processar informação e dados oriundos de várias fontes, como «streams de cliques em páginas online, informação financeira e de marketing, logs operacionais, dados de medição e assim por diante,» — o que poderá proporcionar a tomada de decisões operacionais em tempo real nas mais diversas áreas.

Microsoft

A Microsoft (NASDAQ: MSFT) declarou numa publicação que a tecnologia blockchain é o meio correto para armazenar, proteger e distribuir informação de utilizadores num ambiente à prova de falsificação — e confirmou que irá «explorar possibilidades» nesta área, tanto a título individual como em parceria com outras entidades, como se destaca de seguida.

A Microsoft, a Hyperledger e a ONU anunciaram recentemente, aquando de participação no Fórum Económico Mundial deste ano, que se uniram para desenvolver uma iniciativa ao redor da «propriedade de identidades digitais» com recurso à blockchain. As três entidades pretendem encontrar uma forma de indivíduos privados deterem a «titularidade» dos seus dados pessoais.

A sua iniciativa decorre sob a bandeira da ID2020 Alliance. A ID2020 tem como objetivo que empresas e governos colaborem tendo em vista a criação de processo de autenticação para indivíduos e instituições — através do qual utilizadores possam ser capazes de armazenar os respetivos documentos de identidade.

A Alliance recebeu uma doação de 1 milhão de dólares da Microsoft, bem como contribuições da Accenture e da Rockefeller Foundation. Entretanto, a Microsoft e a Accenture revelaram um protótipo para a mesma baseado na blockchain.

Alibaba

A gigante de comércio eletrónico Alibaba (NYSE: BABA) anunciou, no início deste ano, o lançamento de uma plataforma que acompanhará o Food Trust Framework, uma iniciativa da empresa para melhorar o rastreamento de cadeias de fornecimento de alimentos. O programa-piloto irá recorrer à blockchain para rastrear o envio de alimentos da Austrália e da Nova Zelândia para a China.

Caso o projeto-piloto seja bem-sucedido, a Alibaba espera que todas as cadeias de fornecimento internacionais do Alibaba Group se venham a basear na estrutura blockchain desenvolvida.

A fraude alimentar «é um desafio global significativo, nomeadamente com a crescente complexidade das cadeias de fornecimento» — afirmou Alvin Liu, diretor geral da T-Mall Import & Export do Alibaba Group.

A Alibaba espera, assim, alcançar a rastreabilidade e a transparência no seio das cadeias de fornecimento — desde o início de um envio até ao fim — com a plataforma criada. Estima igualmente que a iniciativa venha a impulsionar a confiança dos consumidores e a criar um ambiente «fiável» ao nível do comércio internacional.

Fonte: Coin Insider

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