«Cryptojacking» substitui o «ransomware» como principal ameaça cibernética

As principais notícias do mercado de criptomoedas esta manhã

Duas das maiores empresas de segurança cibernética internacional, a Kaspersky Lab da Rússia e a McAfee Labs dos EUA, concluíram que o cryptojacking — utilização de computadores alheios para mineração de criptomoedas — assumiu o lugar do ransomware — pedido de resgate associado a restrição de acesso a sistema — como principal ameaça cibernética este ano. O número de utilizadores atacados por ransomware encontra-se em queda significativa enquanto os incidentes de cryptojacking tendem a aumentar.

De acordo com um relatório publicado pela empresa de consultoria PwC o volume total reunido pelas Ofertas Iniciais de Moeda (ICO) entre janeiro e maio de 2018 já representa o dobro do alcançado durante todo o ano de 2017. «No total foram registadas 537 ICO com um volume total de mais de 13,7 mil milhões de dólares desde início do ano. Em comparação, em 2017 verificou-se um total de 552 ICO com um volume de apenas 7 mil milhões de dólares,» explica a PwC.

Depois de quase um ano com atrasos e desafios legais, a Tezos Foundation lançou a sua rede beta — em antecipação de lançamento de rede principal mais ampla no futuro. De acordo com um comunicado oficial, os utilizadores poderão começar a validar blocos dentro de três semanas, embora a empresa avance não haver nada a fazer caso os seus tokens se percam ou sejam roubados durante o processo. Desde a sua ICO em 2017 que a Tezos enfrenta alguma controvérsia ao redor dos seus tokens.

Entre as dez maiores criptomoedas do mundo apenas a Cardano e a IOTA estão a ser negociadas no verde, às 10h10 de Lisboa, salientando-se o aumento de preço da Cardano, superior a 3%. A Bitcoin está a ser negociada ao redor de 6360 dólares, registando uma ligeira queda nas últimas 24 horas, e a capitalização do mercado como um todo rodeia os 255 mil milhões de dólares. A Tether mantém-se na 10ª posição do ranking, tendo destronado a TRON na semana passada.

De acordo com o avançado pelo Golden Finance, meio de notícias local, recentes inundações na província chinesa de Sichuan resultaram em danos pesados para uma grande operação de mineração de criptomoedas na área, conduzindo a uma perda de «dezenas de milhares» de dispositivos de mineração — destacando-se que a sua reparação será pouco provável. Não é claro que criptomoedas terão sido afetadas, mas a Bitcoin aparenta «estar bem».

Espanha na dianteira: foi apresentado um projeto de lei que propõe a utilização da blockchain, a tecnologia subjacente às criptomoedas, na administração pública do país — para reduzir a fraude e aumentar a transparência. Embora o projeto, assinado por mais de 130 deputados, tenha sido apresentada perante o Congresso espanhol e publicado na sua página oficial no final de junho, não foi avançada mais informação sobre o mesmo, nem foi ainda revisto por outros deputados.

O Abu Dhabi Global Market, regulador financeiro de Abu Dhabi, lançou regulamentação para as atividades com criptomoedas após conclusão de consulta pública — e divulgou orientações a explicar como as atividades com ativos criptográficos serão reguladas. A medida destina-se a responder a toda a gama de riscos associados às atividades com estes ativos, incluindo ameaças relacionadas com crime financeiro e com a proteção dos consumidores.

Entretanto, nas últimas 24 horas:

Consulte a lista completa de ICO a decorrer aqui [em Inglês].