As tendências de crescimento das economias mundiais revelam as mudanças na distribuição geográfica da riqueza. É porém muito difícil de prever até quando se manterão estas percentagens de crescimento, já que não há só fatores puramente económicos envolvidos na equação do crescimento.
Os mercados emergentes da Ásia e África ainda imperam: estão no topo das projeções de crescimento global ao longo dos próximos dois anos.
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Bloomberg o mundo deverá crescer 3,2% em 2015 e 3,7% no ano seguinte, após um crescimento de 3,3% em cada um dos dois últimos anos. Está previsto que a China, as Filipinas, o Quénia, a Índia e a Indonésia, países que juntos perfazem cerca de 16% do produto interno bruto global, cresçam mais de 5% em 2015.
Em comparação, os E.U.A. e o Reino Unido, que combinados representam cerca de ¼ do crescimento global, deverão crescer 3,1% e 2,6%, respetivamente, este ano.
A zona euro provavelmente irá crescer apenas 1,2% na medida em que o Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, lida com uma Grécia frágil e está envolvido num programa de aquisição de obrigações para estimular o crescimento da região.
Apesar de já não crescer ao mesmo ritmo de há uns atrás, a China continua a ser a nação do G-20 com o crescimento mais rápido. A economia chinesa cresceu 7,3% no quarto trimestre de 2014, a comparar com o ano anterior, e deverá abrandar o crescimento para 7% em 2015.
Para contrariar essa desaceleração os decisores políticos do Banco Popular da China estão a impulsionar o estímulo monetário. O banco central reduziu a sua taxa de juro de referência, em Novembro, pela primeira vez desde 2012. Este mês, as autoridades baixaram a taxa de reserva de depósito – que corresponde à quantidade de reservas que os bancos necessitam para se manterem – em 50 pontos base.
De acordo com a pesquisa da Bloomberg prevê-se que a Nigéria, a maior economia africana, cresça 4,9% este ano. O Quénia irá, provavelmente, crescer 6% em 2015 – mesmo com o desemprego e a pobreza a continuarem em valores obstinadamente altos, com mais de 40% dos quenianos a viverem abaixo do limiar de pobreza.
As previsões de crescimento dos E.U.A para 2015 rondam os 3%, mesmo com o dólar a subir para o seu mais alto nível em mais de uma década. À medida que o crescimento aumenta a Reserva Federal avalia se deverá aumentar as taxas de juro, pela primeira vez desde 2006. A sua taxa de fundos federais de referência tem-se mantido próxima de zero desde dezembro de 2008.