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O governo Saudita garante que não houve motivos políticos por detrás da decisão de manter a produção de petróleo, e espera que os preços voltem a subir em breve.

Os sauditas continuam a insistir que não houve motivação política por trás da sua decisão de não cortar a produção de petróleo na reunião de Novembro da OPEP, decisão essa que levou os preços a um choque.

Nos dias e semanas que se seguiram a essa reunião histórica, muitos especularam que a decisão foi tomada pelos decisores do petróleo do Golfo para pressionar concorrência como a Rússia, o Irão e os Estados Unidos.

Ibrahim Al-Muhanna, um consultor do ministro do petróleo saudita, fez um discurso no domingo em Doha que reiterou os comentários do ministro do petróleo Ali al-Naimi há algumas semanas atrás: a decisão de não cortar a produção não teve motivos políticos. As suas palavras:

"Pouco depois da reunião da OPEP, foram expostas várias teorias sobre as intenções da OPEP e da Arábia Saudita. A teoria da conspiração disparou em várias direções. De ser contra a Rússia e/ou Irão, para estar centrada em ferir a produção de petróleo de xisto dos Estados Unidos. E outros disseram que a OPEP estava morta! Foi como olhar para uma miragem. Nada faz sentido, mas tem impacto na direção do preço do petróleo, pelo menos durante algumas semanas."

Em vez disso, disseram eles, a decisão de não cortar a produção foi tomada porque os produtores que não pertencem à OPEP (especialmente a Rússia e o México) não conseguiam concordar num corte na reunião do dia anterior da reunião oficial da OPEP.

“Nenhum dos produtores fora da OPEP estava disposto a fazer cortes. Eles têm as suas próprias razões. Por isso a OPEP tomou uma decisão arrojada. Nas circunstâncias atuais, não podia atuar sozinha. Concordou em manter o mesmo nível de produção e deixar o mercado equilibrar-se sozinho,” disse ele.

Além disso, Al-Muhanna disse que ele não achava que as forças do mercado fizessem com que os preços descessem tanto como desceram, e que os preços vão provavelmente estabilizar nos valores das próximas semanas, a cerca de $60 o barril.

“A minha opinião é que pessoas otimistas e positivas estão mais vezes certas que erradas,” disse. “Estou confiante que a procura é, e será, mais forte. Também estou confiante que a oferta será suficiente para a procura e que os preços vão estabilizar.”

Contudo, embora o preço do crude tenha estado outra vez acima dos $60 por barril, este tem caído desde o início de Março. Na manhã de segunda-feira estava a ser comercializado abaixo dos $53 por barril.

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