A desvalorização da moeda chinesa continua

Depois de ontem o Banco Central da China ter desvalorizado o yuan face ao dólar em 1,8% naquela que foi a maior desvalorização da moeda em 20 anos, hoje volta a desvalorizar em 1,6%, correspondendo agora um dólar a 6,33 yuans. O objetivo é estimular as exportações do país e colocar a moeda mais em linha com as tendências do mercado, mas a medida está a causar perdas nas principais bolsas do mundo e está assim a deixar os investidores em polvorosa.

O gigante do comércio eletrónico de Jack Ma está a procurar agressivamente negócios fora da China, e está a ter problemas em gerar receitas no mercado interno. Os lucros da Alibaba (NYSE: BABA) deverão diminuir mais de 50% enquanto a empresa investe em internet móvel e negócios offline.

É esperado que a maior vendedora de roupas dos EUA apresente receitas ligeiramente mais baixas, devido em parte à redução das vendas de malas. Os investidores também vão estar à procura de eventuais movimentos envolvendo o massivo património imobiliário da Macy (NYSE: M)

O governo poderá vender uma participação de 5% a 10% na empresa estatal. Em janeiro foram vendidos 10%, 3,5 mil milhões, e o governo ainda possui 80% da empresa.

O relatório semanal sobre o inventário relativo a petróleo poderia empurrar os preços para cima, depois dos valores terem caído na terça-feira no seguimento da desvalorização do yuan Chinês.

As ações da Burberry, Ferragamo, e LVMH (Euronext Paris: MC), entre várias outras, apresentaram quedas após o movimento inesperado de Pequim para enfraquecer o yuan, o que fará com que os bens de luxo importados sejam mais caros. Também é esperado que a Apple (NASDAQ: AAPL) e a Yum Brands (NYSE: YUM) sejam fortemente afetadas.

O conglomerado aceitou uma venda de $9 mil milhões pela Catapult, a sua unidade de financiamento de cuidados de saúde, que vai ser adquirida pela empresa de cartões de crédito Capital One. O acordo inclui cerca de $8,5 mil milhões em empréstimos e ajuda a GE (NYSE: GE) na sua meta de escoamento de $100 mil milhões em ativos de financiamento durante este ano.

O primeiro-ministro Ahmet Davutoglu disse à BBC que gostaria de ver uma zona de exclusão aérea sobre certas partes da Síria e não descartou o envio de tropas para acabar com a violência. E também criticou o Conselho de Segurança da ONU por não parar as atrocidades na Síria.

A inflação dos preços no produtor em julho caiu 3% em relação ao ano passado, a sua maior queda desde 2009 e pior do que aquilo que era esperado. Esta situação surge enquanto os preços de exportação caíram acentuadamente e os preços das importações caíram em mais de 10% quando comparados com o ano anterior, acrescentando pressão sobre o banco central que tem a tarefa de atingir uma inflação no valor de 2%.