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Os economistas do Citigroup argumentaram num relatório recente que “o resultado mais provável” nos próximos dois anos é a recessão global. Conheça os seus argumentos.

O que querem eles dizer ao certo com recessão global?

Eis o que eles salientam:

"Estamos a usar a única definição para recessão que sabemos que fará sentido quando usada consistentemente. Tal como afirmado anteriormente, definimos recessão como um período em que a taxa de desemprego atual está acima da taxa de desemprego natural ou NAIRU (ou seja, uma taxa de desemprego compatível com uma taxa de inflação constante), ou durante o qual resulta um desvio do produto negativo: o nível do PIB real atual está abaixo do nível do potencial PIB real.

De forma a evitar a atribuição de uma atenção excessiva a mini recessões, o período de excesso de capacidade deve ter a duração de um ano ou mais.''

Será o papel da China muito importante caso esse cenário aconteça?

Resumindo, sim, o seu papel será muito importante.

Os economistas do Citi calculam que o PIB chinês será na verdade cerca de 4% de taxa anual, muito atrás dos cálculos estimados de 7% que os dados oficiais governamentais sugerem. Se a China perder mais trajetória, estes economistas argumentam:

"Se a China entrar em recessão – e com a Rússia e o Brasil já nesse patamar – acreditamos que muitos outros mercados emergentes (MEs), também eles já enfraquecidos, os sigam, impulsionados em parte pela diminuição da procura por parte da China das suas exportações e, para os exportadores de produtos, dos preços dos seus produtos.

Também consideramos ser provável que, caso os MEs entrem num território de recessão, as economias mais avançadas ou mercados desenvolvidos (MDs) não vão ter resiliência suficiente, tanto espontânea como de impulso político, para prevenir um abrandamento global e a recessão, mesmo que muitos dos grandes MDs não venham a experienciar eles próprios recessões, mas irão eventualmente ter um crescimento mais lento, e possivelmente, mais lento do que o seu crescimento potencial e mais lento do que o esperado."

Sendo assim, qual é o cenário mais provável?

Para um melhor esclarecimento, o cenário mais provável (40% de probabilidades), no nosso ponto de vista, para os próximos anos é que o crescimento do PIB real global no mercado das taxas de câmbio vai diminuir de forma regular a partir de agora e chegar ou cair abaixo dos 2% lá para meados de 2016. É provável que o crescimento diminua em 2017 e que recomece a apresentar melhorias a partir dos finais de 2017 ou inícios de 2018. O desvio de produto pode terminar (isto é, o mundo sai da recessão) nos finais de 2018 ou 2019.

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