Produção industrial da zona euro acelera repentinamente
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Aumento das encomendas à indústria alemã em outubro impulsiona economia europeia.

O índice de gestores de compras da Markit, que mede as intensões de fazer encomendas do setor das manufaturas, subiu para 52,3 em outubro face aos 52 de setembro, o que reflete uma aceleração da produção industrial. Os analistas esperavam que o indicador permanecesse inalterado, sendo que estas boas notícias são inesperadas.

É importante recordar que qualquer número acima de 50 representa crescimento, e que a surpresa não foi o crescimento em si mas antes um aumento da velocidade do mesmo.

Tais notícias estão a causar a subida das bolsas europeias, que apesar de terem começado a manhã em terreno negativo estão agora a subir. A bolsa alemã é das que mais avançam (0,5%), seguida de Lisboa, que soma 0,4%. Mas o maior ganho cabe à bolsa de Atenas, que ganha mais de 1%.

Em Lisboa entre as empresas que mais avançam encontram-se a Pharol, o BPI e a Portucel, chegando a maior força do lado da EDP e da Galp, que ganham entre 0,5% e 1,5%.

A subida do índice tem o potencial de compensar as preocupações dos decisores políticos resultantes do fraco comércio global e dos baixos níveis de inflação, mas é possível que não seja suficientemente sólida para suportar a recuperação da economia da região.

A chave para os dados surpreendentes foi a indústria alemã, que desacelerou menos do que o esperado, passando dos 52,3 pontos para os 52,1 quando se previa que passasse para os 51,6 pontos.

Mas Chris Williamson, economista chefe da Markit, é citado pela Bloomberg como dizendo o seguinte: “A recuperação do setor manufatureiro da zona euro continua a ser dececionante. A análise de outubro revela um crescimento da produção industrial de apenas 2% ao ano, o que é uma performance monótona se tivermos em conta os estímulos que o Banco Central Europeu tem vindo a dar”.

Aparentemente os atuais estímulos por parte do BCE são mesmo insuficientes. Mas Mario Draghi anunciou no fim de semana prontidão para aumentar os mesmos, caso a inflação se mantenha nos atuais níveis extremamente baixos. O presidente do BCE põe a hipótese de cortar nas taxas relativas aos juros sobre os depósitos, medida que estimulará a circulação do dinheiro e que se traduzirá assim num estímulo à atividade económica.

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