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O Bloco de Esquerda e a CDU continuam a insistir no salário mínimo de de 600 euros até ao final de 2016, o que é muito mais do que a intensão do PS.

Indubitavelmente, assim que o parlamento reprovar o programa do novo governo, o presidente Cavaco Silva vai designar António Costa como primeiro-ministro. Tal foi afirmado pelo ex-lider do PSD, Luís Marques Mendes. Segundo ele, também é provável que Cavaco Silva imponha algumas condições, tais como o respeito pelo Tratado Orçamental. Porém o acordo à esquerda ainda não está concluido.

Como revelou a porta-voz do Bloco de Esquerda Catarina Martins, o acordo dos partidos de esquerda será um acordo a três (PS+BE+CDU) e não dois acordos bilaterais (PS+BE e PS+CDU) pois só assim o acordo poderá ter estabilidade no parlamento. Foi ainda revelado pela mesma que o acordo terá um suporte escrito, ideia a princípio encarada com alguma reserva por parte de Jerónimo de Sousa, mas que o mesmo já garantiu que tal não será entrave para que o acordo se realize.

No dia de 1 de novembro, a porta-voz do Bloco deixou claro que ainda não há acordo sobre o salário mínimo nacional. O BE e o PCP defendem que o salário deva alcançar já no próximo ano o valor de 600 euros por mês, o que seria um aumento considerável para um breve período de tempo, enquanto o PS defende que para essa data o salário mínimo seja aumentado para apenas 524 euros.

Atualmente Portugal tem o quinto salário mínimo mais baixo na zona euro, sendo que este número varia na região desde os 184 euros na Bulgária até aos 1923 euros no Luxemburgo. Ainda assim, o país permanece à frente de apenas três países bálticos - Estónia, Letónia e Lituânia - e da Eslováquia.

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