Declarações do Banco Central da China provocam forte subida nas bolsas asiáticas, e consequentemente nas bolsas europeias. O índice português acompanha a festa.
O índice português acompanha abertura em alta da maioria das pares europeias, depois de uma interpretação equivocada de declarações do Banco Central da China ter feito disparar as ações na Ásia.
O PSI 20 começou hoje a sessão a subir 0,28% para 5.582,83 pontos, a acompanhar a abertura em alta no resto a Europa. O índice português regista assim a sexta sessão de valorizações e prolonga máximos de mais de dois meses.
No início da manhã foram principalmente os ganhos da Galp, EDP Renováveis e da Mota Engil os principais responsáveis pelos avanços em Lisboa, ao passo que a Jerónimo Martins registou perdas.
Os ganhos na Europa surgem na sequências de fortes valorizações das bolsas asiáticas (Xangai encerrou a ganhar mais de 4%) depois de declarações do governador do banco central chinês terem feito disparar as ações. As declarações em causa consistem no anúncio do estabelecimento de uma ligação entre as bolsas de Hong Kong e Shenzhen, a começar já neste ano. Porém as declarações foram feitas já em maio e para que tivessem efeito careceriam de aprovação por parte dos reguladores das bolsas. Mas uma recente republicação das declarações foi interpretada erroneamente como significando a confirmação da medida. Temos pois que foi um mal-entendido que originou a subida das ações por todo o mundo, e não um dado económico verídico.
Porém, no Japão foi um acontecimento económico fatual que originou a subida da ações: a estreia da empresa local de correios em bolsa, uma das maiores operações de oferta pública inicial (IPO) realizadas este ano.
Outros fatores que também podem ter contribuído para a tendência altista na maioria das bolsas são o novo recorde do índice tecnológico Nasdaq em Wall Street (máximos de 15 anos) e a valorização das ações das empresas energéticas decorrente da apreciação do preço do petróleo.