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Banco de Portugal revê em baixa previsões de crescimento do PIB.

Hoje o Banco de Portugal analisou mais uma vez o crescimento económico nos próximos três anos, apontando para uma recuperação mais lenta. Para 2015, a economia deverá crescer menos uma décima, 1,6% do PIB. Além disso, em 2017 o valor do Produto Interno Bruto não atingirá os 2% esperados em junho.

De acordo com os dados publicados hoje pelo Banco de Portugal, a economia vai continuar a restabelecer-se passo a passo, porém o progresso será mais lento do que o que fora previsto anteriormente. A instiuição previa em junho um crescimento de 1,7% do PIB no ano corrente. No entanto, as previsões atualizadas do Banco de Portugal pressupõem um aumento de 1,6% do PIB.

Além disso, prevê-se menos investimento (4,8% em vez de 6,2%) e um aumento das importações de 7,3% (em comparação com os 5,7% esperados em junho).

Entretanto, alguns fatores económicos serão maiores do que o que fora anteriormente previsto, com o consumo privado a crescer 2,7% e as exportações a subir 5,3%.

Apesar do aumento das exportações, as importações deverão ofuscá-las, afetando o saldo externo positivo que, segundo as previsões, chegará aos 2,4% do PIB, abaixo dos 3% previstos anteriormente. A baixa no preço do petróleo modera um pouco esta queda.

O banco central previa anteriormente que a economia portuguesa crescesse 2% em 2017, mas isto já está longe de ser verdade. A revisão em baixa dos anos de 2015 e 2016 coloca o crescimento ao nível de 1,8% em 2017.

Segundo o Banco de Portugal, estas previsões são caracterizadas por grande incerteza. Tal deve-se ao tardar da apresentação do Orçamento do Estado para 2016 por causa das eleições, o que faz com que os economistas não saibam que medidas serão aplicadas no próximo ano.

Além disso, as preocupações quanto à economia mundial, especialmente dos fluxos de comércio internacional e dos países em desenvolvimento, causam dificuldades em fazer previsões exatas.

O restabelecimento mais gradual na zona euro e os problemas nas economias emergentes afetam as exportações de Portugal que sofrem uma diminuição considerável no ritmo de crescimento esperado para 2016 e 2017. É previsto que no próximo ano as exportações cresçam apenas 3,3% em vez de 6%. Espera-se que em 2017, o crescimento das mesmas seja de 5,1%, quando em junho se previa que fosse 6,4%.

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