Centeno afirma ser a última vez que contribuintes salvam bancos
AP Photo/Armando Franca
Página principal Economia, Portugal

Ministro das finanças diz que é intensão do governo por um ponto final ao resgate de bancos com dinheiro público.

Segundo afirmou o Ministro das Finanças, o processo do banco privado Banif será a última vez que o atual governo vai usar fundos estatais para resolver um problema do setor bancárcio em Portugal.

Esta quarta-feira, Mário Centeno proferiu um discurso na Assembleia da República, durante a discussão da proposta do governo de Orçamento Retificativo para 2015 em que declarou:

"Posso afirmar que é propósito deste governo não utilizar mais dinheiro público na solução da banca em Portugal."

Mário Centeno enfatizou que o governo "faz uma leitura de inação do anterior executivo [PSD, CDS-PP] no âmbito do programa de ajustamento" da Troika no que se refere à interferência na área financeira.

O membro do executivo ainda acrescentou:

"Este governo já anunciou que irá avançar com uma proposta de alteração da arquitetura de supervisão e de resolução bancária, diploma que em breve será apresentado."

Ao responder às perguntas do deputado Paulo Lino Ascensão do Bloco de Esquerda quanto às possibilidades de manutenção dos postos de trabalho do Banif, o ministro das Finanças explicou que as garantias que tem o governo "são as mesmas que o banco Santander Totta deu no processo de compra".

"Ficarão cerca de mil trabalhadores na órbita do Santander Totta e os outros 600 trabalhadores do Banif serão colocados no veículo de gestão de ativos constituído no âmbito do fundo de resolução", afirmou.

Mário Centeno também adiantou que no caso do Banif foram expirados todos os prazos-limite de negociação com as autoridades europeias.

Segundo o ministro, a opção de limitar o Banif às ilhas era parte da proposta da Comissão Europeia, mas foi reprovada pelo anterior governo.

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