As três maiores ameaças para a economia global
AP Photo/Richard Drew
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Ameaças que poderão inviabilizar a ainda frágil recuperação da economia global

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) advertiu recentemente que algumas ameaças poderão inviabilizar a recuperação – ainda frágil – da economia global.

1. O aumento do protecionismo poderá prejudicar o emprego

A organização avançou que “uma reversão da existente abertura comercial sairá custosa”, notando que o aumento das barreiras comerciais nas principais economias do mundo – como os Estados Unidos, Europa e China – poderá ter impacto negativo no PIB e emprego dessas regiões. O aviso da organização é acompanhado por um gráfico que mostra que cerca de 10% dos postos de trabalho nos EUA estão ligados ao comércio global – um número que aumenta para mais de 20% no Reino Unido e para próximo de 30% na Alemanha.

2. Poderá estar “nas cartas” uma correção do mercado de ações

As ações têm vindo a subir para níveis recorde, de forma ampla, mesmo com as taxas de juro também a começar a subir – e com as previsões em termos de crescimento económico a não se alterarem significativamente. A OCDE adverte, nesse sentido, que poderá encontrar-se uma ameaça nas cartas: “uma correção dos mercados face à futura trajetória das taxas de juro poderá resultar numa alteração substancial do preço de ativos que têm sido apoiados pelos baixos rendimentos proporcionados por obrigações.” – Avançou o relatório

3. Um novo “boom” do mercado imobiliário poderá terminar novamente em crise

Impulsionados por baixas taxas de juro ao longo dos últimos anos, países como o Canadá, Suécia e Reino Unido têm vindo a observar rápido aumento dos preços das casas. Agora, verificam-se preocupações válidas de que as casas tenham sido significativamente sobrevalorizadas, podendo ser alvo de novo “boom” – crise imobiliária súbita. Comparando os preços das casas com os valores de arrendamento, os rácios encontram-se em níveis recorde desde os anos 1980 nos países referidos.

A OCDE espera que a economia mundial cresça 3,3% em 2017 e 3,6% em 2018, marcando uma melhoria em relação ao crescimento de apenas 3% no ano passado. É, contudo, um crescimento “demasiado lento” para padrões históricos – e um crescimento ameaçado por fatores como os acima descritos.

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