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O Facebook vai lançar o primeiro dispositivo de realidade virtual para o consumidor comum, disponibilizando assim uma nova forma de entretenimento. Quais serão as potencialidades do tão aguardado Oculus?

O Facebook (NASDAQ: FB) anunciou que vai lançar o primeiro dispositivo de realidade virtual desenvolvido para o consumidor comum no primeiro trimestre de 2016. Espera-se que o Oculus Rift possa ser pré-encomendado ainda durante este ano. Com a realidade virtual a chegar às massas, os investidores podem esperar que esta seja outra fonte de receitas para o Facebook, à medida que vai gradualmente monetizando os seus negócios secundários para diversificar a sua atividade além das redes sociais. Embora ainda não haja nada de concreto em relação ao preço, eu acredito que poderá ser entre 300 e 400 dólares por unidade (os kits de desenvolvimento custam 350 dólares).

Uma nova realidade

A primeira versão comercial do dispositivo vai ser revolucionária para as indústrias do entretenimento e videojogos, na medida em que vai mudar a forma como tradicionalmente consumimos estas duas atividades. Em vez de ver ou jogar num ecrã 2D, o Oculus Rift permite aos utilizadores imergirem-se no mundo virtual, e assim oferecer todo um novo leque de experiências diferentes.

A primeira versão da realidade virtual vai firmar a fundação para o potencial impacto que vai ter no consumo de entretenimento, e vai encorajar os estúdios a produzir conteúdo para o dispositivo. Os jogos vão ser o primeiro conteúdo disponível, seguido por conteúdos desportivos, ou até filmes. As grandes empresas que têm recursos financeiros e querem estabelecer a plataforma terão de pagar aos produtores para criar conteúdo suficientemente distinto para atrair os utilizadores para a plataforma. Com uma vasta biblioteca de conteúdos, os consumidores vão naturalmente convergir para a plataforma.

Recentemente tive a oportunidade de experimentar o Oculus, e acabei muito impressionado com a experiência de jogo. Embora seja difícil quantificar o impacto do Oculus, dado que ainda é muito cedo no seu processo de desenvolvimento, uma certeza que podemos ter é que a realidade virtual vai proporcionar uma mudança significativa na forma como as pessoas consumem jogos e entretenimento. A longo prazo, a tecnologia vai fluir para outros segmentos, incluindo produtividade, design, serviços de saúde e até viagens. As possibilidades são infinitas, e o Facebook está bem posicionado para este tipo de crescimento.

Editoras de videojogos que vão beneficiar

Tal como nos primórdios dos videojogos, eu acredito que a base instalada para 2016 será pequena, e que o preço dos jogos de realidade virtual será superior aos 60 dólares que custam atualmente os jogos tradicionais. Tal como tudo o resto, o preço vai descer gradualmente durante os próximos 2-3 anos, à medida que a tecnologia avança. Um fator que vai ajudar à descida no preço será o aumento do número de conteúdos produzidos por companhias estabelecidas, incluindo a Apple (NASDAQ:AAPL), Google (NASDAQ:GOOG) e Microsoft (NASDAQ:MSFT). Em última instância, editoras como a Activision Blizzard (NASDAQ:ATVI) e a EA Games (NASDAQ:EA) vão beneficiar da crescente procura de conteúdo para esta plataforma.

Conclusão

Mantenha-se confiante no Facebook. O negócio central do aspeto social continua forte, mas a empresa está a explorar e desbloquear novos valores com os seus negócios secundários, e, na minha perspetiva, isto vai conduzir a uma maior expansão.

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