Na abertura do New York Stock Exchange, os principais índices de ações dos EUA experimentaram um sério declínio.
Os contratos de futuros do Dow desceram 700 pontos, com os contratos do S&P 500 tendo desabado por volta de 80 pontos e os do Nasdaq 100 por volta de 5%, o que significa o nível mais baixo do limite de preço.
Os maiores indicadores médios estão a caminho para o seu pior na abertura do mercado desde a crise financeira de 2008. Estas preocupações fizeram o índice Shanghai Composite registar hoje o seu record da maior perda de percentagem num dia só desde 2007, encerrando o dia com 8,5 por cento a menos.
O pânico espalhou-se para mercados europeus, com o STOXX Europe 600 a perder mais de 4,5 por cento. A queda de todas as grandes bolsas foi equivalente. O índice FTSEurofirst 300 fechou com perdas de mais de 4,6 por cento, o e este está a caminho de ser o seu pior mês desde 2008, tendo perdido em agosto, até agora, mais de um bilião de dólares em valor de mercado.
O índice japonês Nikkei 225 também fechou no nível mais baixo desde o dia 23 de fevereiro, enquanto o golpe duplo dos medos derivados da China e do iene rejuvenescido fizeram com que a bolsa japonesa sofresse a maior descida dos últimos 2 anos.
“Os mercados temem mais fraquezas económicas por parte da China, mais perdas no mercado global de matérias primas e incerteza face às políticas a adotar pela Reserva Federal dos EUA e pelo Banco Central da China e face ao impacto dessas mesmas políticas”, diz o estrategista global da Societe Generale, Kit Juckes. “A divergência entre os preços globais das matérias primas e as ações não é um tema novo, mas o perigo atual é que recomecem agora a correlacionarem-se como aconteceu quando explodiu a bolha das empresas de tecnologia em 2000 e o que é à partida visto como uma crise dos mercados emergentes pode tornar-se uma recessão dos EUA”.
Enquanto os traders estarão ocupados com os movimentos radicais nos mercados globais terá lugar na próxima semana o Simpósio de Política Económica em Jackson Hole, que junta académicos de renome, investidores importantes e figuras dos principais Bancos Centrais do mundo. Este simpósio poderá fornecer sinais importantes sobre a política monetária que os EUA irão adotar a curto prazo.
Nos mercados das moedas o iene e o franco suíço subiram face ao dólar, enquanto o euro tornou-se a estrela surpresa, subindo 4,5 face ao dólar nas últimas duas semanas.