Bassam Khabieh/Reuters
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Desde 2010 o investimento de capital de risco em startups de hardware aumentou 30 vezes.

Embora muitos anjos e empresas de capital de risco estejam céticos em relação às startup ligadas à área do hardware, tem-se vindo a verificar nos últimos anos um renascimento massivo no financiamento do ecossistema do hardware.

Empresas de harware/equipamentos ligados ao hardware que obtiveram publicamente $1 milhão ou mais de capitais de risco institucionais ou “anjos de investimentos”.

Com esta explosão no financiamento da área do hardware, uma das perguntas que mais recebemos é “Quem mais anda a investir no hardware?” Normalmente, pensamos em três tipos de investidores privados da área de hardware:

  • Capitais de risco exclusivos da área do hardware. Existem algumas pequenas empresas de investimento (como nós) que trabalham apenas com empresas de hardware. Normalmente funcionamos com um primeiro investimento e depois podem seguir-se mais alguns, mas não levam a rondas de financiamento no futuro.
  • Microempresas de capital de risco adequadas para as empresas da área do hardware. Também existem umas poucas microempresas de capital de risco que investem em empresas ligadas ao hardware quando estas se encontram na sua fase inicial mas que não estão exclusivamente focadas nesta área. Normalmente, estas empresas gerem menos de $100 milhões, investem entre $50.000 - $500.000 e preenchem financiamento semente, mas na maioria das vezes não constituem o principal financiamento das empresas de hardware.
  • Empresas de capital de risco tradicionais adequadas para empresas da área do hardware. Normalmente, a maior parte do capital utilizado no investimento do hardware consiste em capital de risco tradicional, com alguns a serem particularmente ativos. Este facto é especialmente importante para empresas de hardware de consumo.

Onde se pode encontrar toda esta atividade?

O número de empresas startup ligadas à área do hardware financiadas na Baía de São Francisco (que fizeram o levantamento público de fundos de $1 milhão ou mais), segundo as minhas contas, ronda atualmente as 110. Em Boston e Nova Iorque (que são mais ou menos iguais) são um terço disso. Em Los Angeles e Boulder/Denver são novamente um terço das de Boston e Nova Iorque. No entanto, em termos de dólares agregados obtidos, São Francisco é sem dúvida alguma a dominante; representava quase 5 vezes mais que Boston em 2014 e mais de 10 vezes a cidade de Nova Iorque e Boulder. Outros lugares (incluindo a nível internacional) são um erro de arredondamento com poucas exceções notáveis (nomeadamente a Xiaomi, a DJI e a Magic Leap).

Porquê agora?

Três dinâmicas estão por detrás da procura de empresas de hardware por parte de investidores privados.

Saídas fortes

Algumas empresas recentes e populares já provaram que as empresas de hardware podem ser extremamente rentáveis. Em termos de distribuição e fabrico ainda é uma questão complicada, no entanto a GoPro (NASDAQ: GPRO) e a Fitbit (NYSE: FIT) já mostraram que o hardware pode conseguir dados de crescimento e resultados mais fortes do que as empresas que apenas se dedicam à produção de software.

Dados tipo Saas

Enquanto as empresas tradicionais de hardware têm poucos ciclos de feedback para além dos rendimentos e retornos, as empresas startup de hardware de ligação recebem feedback constante sobre a utilidade do produto, retenção e rotatividade. Este tipo de feedback ajuda a acelerar os ciclos de iteração, assim como ajuda os investidores (que já se sentem confortáveis com o Saas [Software as a Service]) a compreender as empresas de hardware mais novas sem contar tanto com a tração das vendas.

Hardware + Software = Menos massificação de produtos

Com o tempo, muitos produtos de hardware debatem-se com a massificação de produtos e as margens baixas. Hoje em dia, os produtos de hardware de ligação são muitas vezes o cavalo de Tróia do software. O software que é mais difícil de se replicar pode aumentar as mudanças de custos e proporcionar mais oportunidades para interagir com os clientes e construir uma marca. O resultado é uma maior Customer Lifetime Value (valor do tempo de vida do cliente), seja por rendimento recorrente (Dropcam) ou por consumíveis (Kindle).

Embora os últimos anos tenham trazido êxito para o investimento do capital de risco, o ecossistema do hardware de ligação tem visto um crescimento particularmente explosivo, tanto em número de startups como em número de empresas de capital de risco recetivas em financiá-las. Este fenómeno é derivado pela diminuição dos custos de produção, pelo tempo mais reduzido para comercializá-los e pela mudança nos modelos de negócio do hardware, que se distanciou dos aparelhos produzidos em massa para os consumidores para conseguir obter rendimento recorrente e serviços de software.

Este ano pretende ultrapassar o de 2014 em termos de número de rondas de financiamento e de investimentos agregados, embora o crescimento esteja a uniformizar-se, à medida que várias categorias de hardware começam a ficar saturadas e os dados do ecossistema começam a revelar os vencedores. À medida que a comunidade do hardware evoluí, há vários setores onde gostaríamos de ver mais startups de hardware a trabalhar.

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