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O Goldman Sachs prevê outro ano fraco para o S&P 500. Saiba o que esperar de 2016.

Em termos anuais o índice subiu cerca de 1,3%. David Kostin disse na revisão do mercado de ações do Goldman de terça-feira:

“Nós prevemos que o índice S&P 500 terá um desempenho dececionante pelo segundo ano consecutivo em 2016.”

“A pontuação de 2100 que perspetivamos para o final de 2016 representa um ganho de 1% face aos atuais níveis do índice (2089), o que por si é apenas 1% acima do final de 2014 (2059). Incluindo dividendos, esperamos que o retorno total em 2016 seja de 3%.”

Este ambiente de baixos retornos irá persistir à medida que as valorizações das ações permanecem relativamente altas. Kostin vê o rácio de preço para ganhos como sendo de 16,2 vezes no próximo ano, comparando-se com o rácio de 16,6 vezes estimado para este ano.

Àparte das grandes quedas em agosto e setembro, este tem sido um ano monótono para o mercado. E utilizando as palavras da lenda do New York Yankees Yogi Berra, Kostin diz que 2016 será um “déjà vu mais uma vez”.

Não será muito diferente para a economia. O Goldman prevê um crescimento do PIB de 2,2%.

O Goldman prevê que os ganhos do S&P 500 cresçam 10% para $120, afirma Kostin, mas há uma nuance. Como as empresas energéticas tiveram um ano tão mau, com lucros a caírem 80% devido à queda dos preços do petróleo, têm um registo negativo para recuperar no próximo ano. E assim, diferentemente de 2015, o setor energético pode impulsionar o crescimento dos ganhos do S&P 500 no próximo ano.

Kostin identifica ainda três temas que irão dominar o mercado no próximo ano.

  • Os ganhos do S&P 500 serão fracos, mas há muitas oportunidades. Por exemplo, num ambiente de um forte dólar, ações com muitas vendas nos EUA terão um desempenho muito melhor do que aquelas muito expostas internacionalmente, de acordo com Kostin.
  • Um aumento das taxas de juro, iniciado pelo provável primeiro aumento em dezembro que o Goldman tinha previsto em junho. Porém o Goldman prevê apenas um aumento de 100 pontos base nas taxas durante o próximo ano, comparado com a previsão do mercado de futuros que prevê um aperto de 60 pontos base. Num ambiente de taxas mais elevadas empresas com fortes balanços patrimoniais irão ter um desempenho melhor do que aquelas com fracos balanços, opina Kostin.
  • As margens permaneceram estáveis durante 2016 e 2017, a 9,1%, parcialmente devido aos mais elevados custos laborais que incluem cuidados de saúde e salários.
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