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Os retornos das obrigações provavelmente serão dececionantes em 2016 – tal como foram em 2015 – de acordo com os maiores investidores.

O JPMorgan Chace, a Fidelity Investments, a Pacific Investment Management e o Goldman Sachs Group estão todos a avisar para não sermos demasiados otimistas. O Goldman Sachs prevê que as yields de referência dos EUA a 10 anos subam para 3% no final de 2016, quando no último dia de 2015 estavam em 2,29%.

As securities do governo norte-americano ficaram num ganho de 0,7% este ano, e a dívida soberana dos mercados desenvolvidos caiu 2,5% com base no os índices mundias de obrigações da Bloomberg, na sequência da Reserva Federal dos EUA ter subido a taxa de juro a 16 de dezembro pela primeira vez em quase uma década. As possibilidades de pelo menos mais um aumento em 2016 são de 94%, indicam os contratos de futuros, ameaçando empurrar as yields das obrigações para valores mais altos por todo o mundo.

Joyce Chang, diretora global de pesquisa em Nova Iorque na JPMorgan, disse:

“Esperamos retornos no mercado de obrigações entre baixos dígitos únicos é médios dígitos únicos. Isto é no mercado de obrigações. Mas não é muito diferente do que estamos a projetar para os mercados de ações dos EUA, que deverão também estar abaixo dos 5%,” disse ela quarta-feira numa entrevista com a Bloomberg.

Os bilhetes do tesouro mudaram pouco no último dia do ano. O preço de um bilhete de 2,25% a expirar em novembro de 2025 era 99 5/8 na manhã desse dia em Londres, de acordo com os dados de trader de obrigações compilados pela Bloomberg.

Ano Novo

“As yields do Tesouro dos EUA estão abaixo do valor em que pensávamos que elas estariam há um ano atrás”, à medida que o declínio no preço do petróleo cobre a inflação, escreveu Francesco Garzarelli, codiretor de pesquisa de mercado do Goldman Sachs, num relatório na quarta-feira. A política de aumento das taxas de juro dos EUA, assim como um aumento na inflação e no crescimento económico irão empurrar as yields para valores mais altos em 2016, disse Garzarelli.

Um investidor perderá 3,2% se a yield prevista pelo Goldman Sachs provar ser certa, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O Goldman Sachs e o JPMorgan são ambos negociadores primários, ou seja, são duas das 22 duas empresas que negoceiam diretamente com a Fed e subscrevem dívida dos EUA.

As yields podem “subir lentamente”, afirmou Tony Crescenzi, um estrategista de mercado na Pimco, que tem mais de $1,47 biliões em ativos e gere o maior fundo de obrigações gerido ativamente. As obrigações a 10 anos provavelmente subirão entre 2,25 e 2,75%, de acordo com o que Crescenzi, baseado em Newport Beach, Califórnia, disse numa entrevista com a Bloomberg na semana passada.

Muito lento

A Reserva Federal dos EUA aumentou a sua taxa alvo para uma variação entre 0,25% e 0,5%. A estimativa média entre os decisores é de um nível de 1,375% no final de 2016.

“O mercado está a ajustar os preços a um ritmo de aperto muito, muito lento – ainda mais lento do que a previsão da Fed,” escreveu Bill Irving, gestor do Fundo de Receitas Governamentais da Fidelity, num relatório a 18 de dezembro. “Isto representa um risco de que as taxas poderão subir mais rapidamente do que o esperado.” A Fidelity, baseada em Boston, tem $2 biliões em ativos.

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