A Ferrari está a cair
Darren Staples/Reuters
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Diminuição das vendas na China puxa o preço das ações da fabricante italiana para baixo.

Os representantes da Ferrari NV (NYSE: RACE) informaram que o crescimento das vendas do conglomerado Fiat Chrysler Automobiles NV irá abrandar. Com este notícia, as ações da fabricante de veículos desceram para o nível mais baixo desde a oferta pública inicial.

Na terça-feira, o produtor italiano de supercarros, incluindo o LaFerrari que custa um milhão de euros, informou que este ano, provavelmente serão expedidos 7900 carros, 3% a mais em comparação com os volumes do ano passado, quando foram produzidos 7664 carros. Em 2015, as entregas cresceram cerca de 6%, apesar de a procura chinesa ter caído 22%.

Em meados de janeiro, o presidente Sergio Marchionne disse que a Ferrari poderia ultrapassar a meta de 9.000 automóveis por ano até 2019. Ao mesmo tempo ele confirmou que a empresa continuará a seguir os mandamentos do fundador e produzir menos veículos do que os clientes querem comprar.

Antigamente, para seguir esta regra a Ferrari limitava-se ao lançamento de 7.000 carros por ano. Durante a conferência com analistas Marchionne afirmou que a empresa tem um "forte portefólio de encomendas", mas disse que neste ano não espera que as vendas na China recuperem. Ele acrescentou que a empresa não pretende incentivar a procura ao lançar um todo-o-terreno. "Nem por cima do meu cadáver," disse.

Depois da abertura da sessão, as ações caíram 10,8% para $35,61. No princípio deste ano, foi terminada a separação da Ferrari da empresa-mãe com a futura alocação das ações em Milão. Vincenzo Longo, estrategista da IG Group, diz:

"Por causa da desaceleração da China, as previsões de lucro neste ano são bastante modestas. O ano passado mostrou um enfraquecimento da procura e, provavelmente, a situação não vai mudar."

A Ferrari informou que em 2016 o lucro ajustado antes de juros e impostos vai ultrapassar os 770 milhões de euro, o que também é menos que no ano passado, quando o lucro cresceu 7,9% para 748 milhões. Os dados do quarto trimestre diminuiram 6,2%, e a dívida líquida industrial no final de dezembro foi de 1,94 mil milhões de euro.

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