4 Ações a acompanhar no âmbito da indústria do streaming de música
Página principal Finanças

4 Empresas com vantagem competitiva em relação às suas pares

O streaming de música (música ouvida em tempo real) veio para ficar, de uma forma ou de outra. O que falta determinar é quem se manterá quando a poeira assentar.

Universal Music Group, Sony, Amazon e LOEN são boas apostas, de acordo com Giasone Salati da Macquarie Research. Cada uma das empresas detém vantagem competitiva em relação às suas pares.

Salati afirmou:

“A indústria da música está à beira de um período de crescimento estrutural multi-décadas, que irá provavelmente beneficiar todos os intervenientes na indústria nesta fase inicial.”

Continuou:

“Ainda assim, a nossa seleção de ações é relativamente pequena.”

As receitas da música gravada deverão duplicar nos próximos dez anos, de acordo com Salati.

A música em streaming é uma grande facilitadora desse crescimento, com o formato a captar maior receita do que formatos mais antigos.

Com outros formatos, como os CD, os preços não permitem que as empresas otimizem a receita que recebem de um cliente. Com pagamentos de assinaturas, como na maioria dos serviços de streaming, a receita tem a capacidade de ser flexível. Salati explica-o da seguinte forma:

Ao longo de cerca de um século, desde o advento da rádio comercial, a música gravada foi rentabilizada através de vendas físicas e receitas de publicidade... As compras físicas, por parte de fãs de música, representaram a maior parte das receitas, apoiadas apenas por um número relativamente pequeno de compradores.

O problema com o modelo de preço dos CD é a sua excessiva rigidez que força todos os consumidores a pagar o mesmo preço pelo mesmo álbum, independentemente do quão estão dispostos a pagar. Um preço uniforme significa que os fãs genuínos pagam menos do que estariam dispostos a pagar – enquanto para outras pessoas o preço é demasiado elevado. O resultado é a perda de lucro em ambos os extremos.

O streaming, por sua vez, tem potencial para unir todos os modelos existentes e criar uma oferta de preço mais contínua – que irá maximizar as receitas. Melhor segmentação dos ouvintes de música significa que todos acabarão a pagar o preço que querem pelo nível de acesso que desejam.

Quando se considera a capacidade para maximizar a receita de cada cliente faz sentido que o streaming tenha vindo para ficar.

Quem irá ganhar a corrida do streaming? Leia mais para descobrir...

Sony Music Group

A música é uma grande parte do negócio da Sony (NYSE: SNE). A empresa é uma gigante entre as editoras, representando artistas como Jeff Buckley, Future e Adele.

A música foi responsável por 20% do lucro operacional da Sony no ano passado e a empresa tem vindo a investir em várias empresas de música, sinalizando a importância da música para a mesma – de acordo com Damian Thong, analista de pesquisa na Macquarie.

A Sony é originária do Japão, onde se encontra em segundo lugar em termos de quota de mercado – atrás da Avex (TYO: 7860).

Thong definiu um preço-alvo 3% superior ao atual preço da Sony quanto aos mercados de Tóquio.

Amazon

A maior “retalhista” de música física é um site.

A música foi o segundo item que a Amazon (NASDAQ: AMZN) começou a vender – depois dos livros. Hoje, a empresa detém uma posição de liderança quanto a vendas físicas, é uma força nos downloads digitais (a segunda atrás da Apple (NASDAQ: APPL)) e está a aumentar as suas opções de streaming Prime Music.

Neste momento, o serviço de streaming da Amazon oferece apenas cerca de 1 milhão de faixas para os seus utilizadores. No entanto, a sua força na área reside não no seu catálogo de streaming mas na sua forte integração da marca. A Amazon Prime custa 99 dólares por ano e encoraja os consumidores a comprar mais no site devido ao que o CEO Jeff Bezos chama “o efeito volante”. Alguém que paga pelo benefício das entregas gratuitas em dois dias tenderá a utilizar o serviço de streaming de música da Amazon e vice-versa.

“Neste momento a Amazon tem a melhor estratégia em termos de segmentação de clientes e diferenciais de preço.” – afirmou Ben Schachter, analista de pesquisa na Macquarie.

Schachter estima que as ações subam 4,6% para 760 dólares.

MelOn (LOEN Entertainment)

MelOn é um serviço de streaming com base na Coreia – e detido pela LOEN Entertainment (KOSDAQ: 016170).

A LOEN entrou na indústria em 1978 e construiu uma audiência desde então – atualmente com 60% de quota de mercado no mercado de streaming de música na Coreia.

A LOEN Entertainment tem recebido algum apoio do governo coreano. O Ministério da Cultura, Desporto e Turismo está a incentivar preços mais elevados pelo serviço de streaming, que deverá aumentar o seu lucro líquido em 26% em 2016 e 46% em 2017 – de acordo com Kwang Cho, analista de pesquisa na Macquarie.

Cho espera um aumento de 48% do preço das ações no mercado coreano.

Vivendi, Universal Music Group

Alguns dos maiores artistas do mundo trabalham com o Universal Music Group. The Weeknd, Justin Bieber, Kendrick Lamar e Rolling Stones fazem parte do grupo.

Dada a força do seu catálogo, o Universal está bem posicionado para lucrar com a mudança para o streaming. A empresa foi recentemente reorganizada sob o nome Vivendi (EPA: VIV) e está agora sediada em França.

De acordo com Salati:

“Esperamos que o EBITA expanda para 13% em 2018 e vemos margem para melhorias uma vez que o modelo de streaming se torna mais dominante e a empresa tem capacidade para reduzir algumas ineficiências relacionadas com várias estruturas de custos (físico, download, streaming).”

Salati definiu um preço-alvo 43% superior ao atual preço da ação.

Por favor, descreva o erro
Fechar