Investimentos: diversificar a carteira
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Da série finanças e investimentos para totós

Mesmo que saiba apenas o básico do investimento, provavelmente já ouviu que precisa de “diversificar” a sua carteira – o termo técnico para não colocar todos os ovos na mesma cesta.

Parece fácil. Evitar investir tudo em ações da Google, certo?

Não exatamente.

“A diversificação não passa apenas por ter um conjunto de diferentes fundos mútuos, ETF ou mesmo ações. (...) Muitas pessoas dizem ‘Sim, tenho uma carteira diversificada’ e depois olho para a sua carteira e têm 10 fundos mútuos diferentes mas são todos fundos mútuos de valor, de grande capitalização, ou algo parecido.” – Avançou ao Business Insider Bob Gavlak, CFP e consultor de riqueza na Strategic Wealth Partners em Columbus, Ohio.

Continuou:

“Só porque tem um conjunto de fundos mútuos ou ETF não significa que tem uma carteira diversificada da forma que deverá ter, de acordo com os seus objetivos de investimento.”

E concluiu:

“Quando os mercados funcionam – e funcionam em ciclos – certas classes de ativos ou certas partes da economia mundial estarão em alta enquanto outras estarão em baixa. O objetivo [da diversificação] passa por minimizar a sua exposição global a uma classe de ativos. Caso essa classe não tenha um tão bom desempenho, terá outras a manter a sua carteira, de acordo com os seus objetivos de investimento para o longo prazo.”

Sean Moore, consultor de carteiras na Charles Schwab, avançou ao Business Insider que vê, regularmente, esse erro. Os investidores reúnem uma “coleção” de investimentos em vez de uma carteira.

“Vejo isso pois os investidores não compreendem o que irá servir os seus objetivos de longo prazo, e compram ou selecionam investimentos baseados em fatores como o desempenho no passado ou nomes que reconhecem.” – Afirmou Moore

Moore assinalou que os “fundos de fundos”, como fundos com data-alvo, estão disponíveis para os investidores que não se encontram completamente seguros quanto às suas próprias estratégias de diversificação. “São por vezes referidos como fundos de mercado ou fundos mistos. (...) É claro que não são preparados para si à medida, mas a ideia é que são pré-diversificados.”

Gavlak recomenda que os investidores coloquem a seguinte questão a si próprios “O que quero que os meus investimentos façam por mim para ser bem-sucedido?” A partir daí, afirmou, poderá desenvolver melhor uma estratégia de investimento devidamente diversificada entre um conjunto apropriado de classes de ativos – em vez de através de fundos diferentes que poderão sobrepor-se.

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