Ações tecnológicas emergentes a comprar em 2017
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Oportunidades de lucro que estão relacionadas com o setor tecnológico

Muitos investidores poderão estar a pensar onde hão de investir o seu dinheiro. Os mercados recuperaram depressa, registando subidas recorde. O NASDAQ 100 (INDEX: NDX), constituído por mais ou menos 100 empresas (muitas das quais ligadas ao setor da tecnologia), subiu cerca de 5% em 2016. No entanto, isto não significa que não tenham havido grandes movimentos na área da tecnologia. As ações desta área tanto perderam como ganharam. Ao longo do ano passado, o índice S&P 500 do setor tecnológico norte-americano subiu cerca de 6%. Mas quais são as melhores ações tecnológicas emergentes? Quais as empresas que são as melhores start-up tecnológicas?

Limitaremos esta análise para cinco das melhores ações tecnológicas emergentes; especialmente ações tecnológicas para investidores de longo prazo. É possível que algumas das suas preferidas não estejam aqui incluídas, contudo, isso não significa que não sejam dignas de consideração. O termo “ações tecnológicas emergentes” deixa implícito que são empresas numa fase inicial (start-up), ou semelhante. No entanto, limitar a análise a “empresas tecnológicas emergentes” dessa forma tão estrita iria contra o objetivo deste artigo, que é sugerir algumas oportunidades de lucro, que por acaso estão relacionadas com o setor tecnológico.

1. NVIDIA

A NVIDIA Corporation é uma das minhas preferidas. Uma relíquia de valor que tem passado despercebida, mas na qual os investidores têm começado a reparar mais; é definitivamente uma das ações a possuir no próximo boom tecnológico. O crescimento da NVIDIA (NASDAQ: NVIDIA Corporation [NVDA]) quase duplicou, graças a uma quota de mercado cada vez maior de unidades de processamento gráfico e de placas gráficas, essenciais para os amantes de jogos. Contudo, a empresa não está sozinha; tem de batalhar com a rival Advanced Micro Devices, Inc. (NASDAQ: Advanced Micro Devices [AMD]) – também uma ação tecnológica interessante – mas é a NVIDIA quem está atualmente a ganhar a guerra dos mercados. Os investidores e analistas estão muito satisfeitos com o crescimento das receitas da NVIDIA e com a sua expansão para novos mercados promissores.

A NVIDIA obteve umas receitas recorde de 1,43 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2016, um aumento de 24% num ano. Cerca de 55% dessas receitas vêm do setor dos jogos, no entanto, a empresa também tem estado a obter bastantes lucros noutros segmentos. E é exatamente por isto que a NVIDIA é tão boa candidata para o próximo boom tecnológico. De facto, a NVIDIA está rapidamente a tornar-se num elemento importante para a indústria dos carros de condução automática, já que as fabricantes têm procurado avidamente as suas unidades de processamento gráfico para os incorporar como processador principal do automóvel.

A tecnologia dos carros automáticos ainda vai precisar de algum tempo para dar retorno aos seus investidores, mas entretanto, estes estão a tirar partido dos benefícios do domínio dos jogos da NVIDIA. O lançamento recente de quatro placas gráficas novas há apenas uns meses deve conseguir manter as receitas positivas.

2. Facebook

Existe ainda um aspeto tecnológico emergente na lista. Dito isto, uma das principais tendências tecnológicas emergentes é a realidade virtual. Acontece que a Facebook Inc (NASDAQ: Facebook [FB]) é uma ação tecnológica emergente. Também é uma das ações a não perder no próximo boom tecnológico. O Facebook iniciou a sua quota de mercado há apenas uns anos atrás. Eram poucos os que na altura entendiam como as ações do Facebook iam crescer e o porquê desse crescimento. Mas o facto é que cresceu, e hoje em dia o FB é uma das ações mais sólidas do setor tecnológico, sempre a subir acima das expectativas. Contudo, o Facebook tem mais do que apenas “muitos” utilizadores. Um dos seus grandes projetos para 2017 envolve a tecnologia emergente da realidade virtual.

A empresa do Facebook assumiu uma presença maior na tecnologia da RV com a “Oculus” VR, uma start-up tecnológica que comprou por 2,0 mil milhões de dólares. Só isto podia ser o principal incentivo para apostar nas ações do Facebook em 2017. O Facebook quer adaptar o conceito de realidade virtual para o da plataforma da rede social. Novas equipas da Facebook Inc já estão a desenvolver aqueles que podem vir a ser os produtos da próxima geração: aplicações sociais de RV.

3. Alphabet

O mercado da realidade virtual vai ser um dos mais movimentados nos próximos anos, e as ações aqui mencionadas vão ter um papel importante nestes desenvolvimentos e noutros. O enorme sucesso mundial do “Pokémon Go” provou o potencial da RV e da sua parente, a realidade aumentada, para influenciar o setor tecnológico, e a tecnologia por si só pode valer alguns 30,0 mil milhões de dólares nas vendas de 2020. É aqui que entra a Alphabet Inc (NASDAQ: Alphabet Class A [GOOGL]).

Os aparelhos e vídeos de RV/RA vão ser a fonte de receitas mais imediata, contudo, os investidores devem focar-se mais nas empresas que estão a desenvolver a tecnologia. A Google já se estabeleceu como uma das principais empresas tecnológicas de RV e o valor das suas ações vai assentar especialmente nesta tecnologia. A tecnologia “Cardboard” da Google oferece uma versão rápida da RV aos jogos e aplicações de entretenimento. A empresa também fez um acordo com a Magic Leap, que utiliza hologramas que podem ser vistos através de visualizadores de RA especiais.

Esta tecnologia tem um forte retorno do investimento (ROI). O campo da RV ainda se encontra numa fase muito inicial, tendo em conta o seu potencial e gama de aplicações. O que significa que empresas como a Google, que estão envolvidas em todos os tipos de desenvolvimentos computacionais e tecnológicos, ainda têm muito espaço para crescer. Não há nenhum ponto de saturação à vista para a Google, que ainda hoje se encontra em crescimento.

4. BYD Company

Uma das ações tecnológicas emergentes que mais se destaca e com um forte componente de lítio é a BYD Company Limited (OTC: BYDDF). Se a BYD é boa o suficiente para Warren Buffet, é boa o suficiente para si. Warren Buffet é um especialista em investir em ações que façam sentido. A Buffet Berkshire Hathaway Inc. adquiriu a Duracell por 4,7 mil milhões de dólares em 2014. A lista de produtos da Duracell inclui baterias de lítio.

Mas a sociedade de empresas tecnológicas a considerar não é a da Berkshire, mas sim a da BYD Company Limited, da qual a Berkshire possui uma participação de 10% desde 2008. Pode não ter ouvido falar muito nesta empresa, mas a BYD é uma das principais fabricantes de baterias de lítio do mundo. Entretanto, as ações da BYD tiveram um aumento de mais de 160% nos últimos cinco anos. Contudo, as baterias de lítio vão tornar-se ainda mais importantes nos próximos cinco anos, quando várias fabricantes de automóveis começarem a introduzir no mercado os carros elétricos.

O lítio prepara-se para ser a “próxima grande coisa”

A BYD também produz baterias para abastecer habitações, sob forma de sistemas de armazenamento de energia. Recentemente, a gigante industrial coreana mais conhecida pelas suas televisões LCD, a Samsung Electronics Ltd (KRX: 00593), adquiriu uma participação na BYD para não ficar para trás no aumento da procura de baterias de lítio. Também pode considerar empresas que trabalhem exclusivamente com lítio, mas isso é assunto de uma outra lista, e nesta lista poderá obter ideias ligadas a essa.

5. Under Armour

As ações da Under Armour Inc. (NYSE: Under Armour [UA]) perderam quase metade do seu valor no mês de abril passado. A empresa tem sido negociada na linha dos 40 dólares, mas ultimamente tem recuperado o ritmo. A Under Armour pode não ser bem o que lhe vem logo à mente quando o tema é ações tecnológicas emergentes. Mas mesmo assim, está na vanguarda de uma nova tendência importante. A UA fabrica tecnologia que pode vestir. Por outras palavras, a Under Armour está a fazer a roupa do futuro. É uma espécie de Apple Inc. (NASDAQ: Apple [AAPL]) do vestuário.

Nesse sentido, a UA está prestes a explorar uma onda de procura. A lançar uma versão do “iPhone” das roupas. A empresa tem estado limitada devido à sua associação à roupa atlética. Numa outra altura, os investidores tê-la-iam comparado à Nike Inc., mas a empresa é muito mais do que isso. Imagine como seria agradável num dia quente e húmido a camisa que estava a usar ajustar a temperatura automaticamente, fazendo-o sentir-se logo confortável. E tudo isto sem ter de gastar energia com o ar condicionado ou enfiar a cabeça no frigorífico.

O controlo de temperatura é apenas uma das características que estão a ser desenvolvidas, e eventualmente, também serão incluídas o controlo do batimento cardíaco, o controlo de calorias queimadas e todo o tipo de funções que atualmente exigem que o utilizador transporte consigo acessórios adicionais. A UA é uma ação que combina moda com tecnologia. E afinal, foi essa combinação de estilo e ciência que tornou a Apple Inc na empresa de sucesso que é hoje. A UA é uma das líderes desta tendência, e uma das poucas que lhe permite ter uma participação.

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