As 5 melhores ações para comprar em setembro
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Se lhe sobrou algum dinheiro das férias, aqui ficam sugestões para o investir

O verão está a chegar ao fim e em breve as folhas vão começar a emurchecer à medida que as temperaturas vão descendo. No entanto, nada abala o nosso entusiasmo de encontrar boas ações. Por isso, pedimos a cinco colaboradores do Motley Fool que escolhessem cada um uma ação que achassem que valia a pena os investidores comprarem no mês de setembro. Veja que empresas escolheram e porquê.

1. Uma ótima forma de “dar uma lição” ao mercado

Steve Symington: com os estudantes universitários a regressar às aulas um pouco por todo o país, penso que os investidores faziam bem em escolher ações da plataforma especialista em educação online 2U Inc (NASDAQ: TWOU).

Tive o prazer de entrevistar Chip Paucek, CEO da 2U, pouco depois de a empresa se ter tornado pública em 2014, e na altura fiquei muito impressionado com a sua insistência em concentrar-se na correlação a longo prazo do sucesso financeiro da 2U com os resultados dos estudantes universitários.” Ao contrário de outros cursos online e massivos (MOOC) com os quais muita gente já está familiarizada – e que tende a reforçar a noção preconcebida de que a educação online é inferior à sua equivalente de tijolo e cimento – os cursos da 2U são muito mais íntimos, com turmas com uma média de 12 alunos, e com a maioria dos programas a exigirem um tipo de componente física para concluir o grau superior.

Por coincidência, as ações da 2U quase triplicaram desde a primeira vez que falei com Paucek, à medida que a empresa continua a lançar novos programas. Desde o último trimestre que a 2U anunciou oito dos 21 novos programas que espera lançar em 2017 e 2018, com a lista a expandir-se mais recentemente em abril para incluir um grau de doutoramento híbrido em Jurisprudência (Juris Doctor) com a Faculdade de Direito da Universidade Syracuse.

No último trimestre, as receitas da 2U registaram um aumento de 39% num ano, ficando a valer 49,1 milhões de dólares. E isso traduziu-se numa perda líquida ajustada de 4,4 milhões de dólares, ou 0,09 cêntimos americanos por ação, uma redução da perda líquida de 5,8 milhões de dólares ou 0,14 cêntimos americanos por ação registada no mesmo período do ano anterior. Tanto o forte crescimento como a diminuição excederam significativamente as orientações estipuladas pela 2U.

No final, desde que a 2U continue a lançar novos programas com o mesmo sucesso e permaneça neste caminho estável de rentabilidade, penso que esperam retornos avultados para os investidores de longo prazo que estejam dispostos a ser pacientes e a ver a sua história de crescimento continuar a ser revelada aos poucos. Parece ser uma boa altura para começar a comprar.

2. Um crescimento em força mesmo que o mercado o tenha abrandado

As 5 melhores ações para comprar em setembro
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Jason Hall: embora as ações da Starbucks (NASDAQ: Starbucks Corporation [SBUX]) tenham tido uma descida de cerca de 10% em relação ao seu pico do final do ano passado, este fenómeno deve-se mais ao facto de o mercado ter perdido o apetite pela empresa do que propriamente pela falta de esforço por parte da gigante mundial do café. Na última vez que a Starbucks revelou os seus rendimentos em julho, os lucros tinham registado um aumento de 20% e as receitas 7%. A razão? O forte aumento de lucros escondeu na verdade um desempenho mais forte, uma vez que a empresa vendeu uma grande parte das suas lojas europeias a um beneficiário nesse trimestre.

As vendas nos Estados Unidos aumentaram 7%, as receitas na China/Região Ásia-Pacífico tiveram um forte aumento de 18%, e o desenvolvimento de canal, o segmento da empresa que lida com os produtos da Starbucks vendidos fora das lojas da empresa, aumentou 9%.

E ainda há muito para crescer. A Ásia, por exemplo, gera menos de 15% das receitas, e o desenvolvimento de canal faz menos de 9% – e estes são os dois segmentos com o maior crescimento (e os mais rentáveis) da empresa atualmente.

Conclusão: a Starbucks continua a ser um negócio excelente com maravilhosas perspetivas de crescimento e está a ser transacionada sob um ponto de vista de valor melhor do que há uns meses atrás. Definitivamente, pertence à lista das principais ações a comprar este mês.

3. Opte por um vencedor de longa data

Dan Caplinger: a gigante do tabaco Altria Group (NYSE: Altria Group [MO]) não é a melhor perspetiva de crescimento desta lista, mas tem um registo recorde de sucessos passados que qualquer outra empresa ficaria feliz por ambicionar. Durante a segunda metade do século passado, a Altria gerou aproximadamente 20% de rendibilidade média anual, com uma combinação de aumento de dividendos, valorização de preços e de investimentos inteligentes a evoluir bem para acionistas de longo prazo.

O que torna a compra da Altria particularmente oportuna neste momento é o facto de a empresa ter anunciado recentemente o último aumento de dividendos da sua longa lista. Assim sendo, o próximo pagamento trimestral da Altria aos seus investidores será de 0,61 cêntimos americanos por ação, o que representa um aumento de 8% em relação ao valor do dividendo anterior da empresa. No futuro, isso vai proporcionar à Altria um rendimento de dividendos de 3,7%. Além disso, o aumento marca a 50ª vez que fez um aumento de dividendos desde 1969, e se ignorar o impacto que os spin-offs tiveram na quantia paga, o impulso mais recente marca o 47º ano consecutivo no qual a Altria aumentou os seus dividendos.

A Altria tem conseguido aumentar os seus rendimentos e dividendos mesmo com o declínio das taxas de tabagismo graças ao seu poder de fixação de preços. Além disso, com os seus esforços de ir mais além dos cigarros tradicionais e os seus investimentos na cervejaria SABMiller (NYSE: Anheuser-Busch Inbev SA [BUD]), a Altria está a definir o espaço para um novo crescimento que pode impulsionar ainda mais a ação.

4. Um dividendo de 6% no qual pode confiar

Tyler Crowe: embora vários trimestres seguidos tenham provado que a empresa já não está no mesmo barco que outras empresas energéticas, as ações da empresa de gasoduto e logística Enterprise Products Partners (NYSE: EPD) ainda estão a ser transacionadas muito abaixo dos 30% desde que os preços do petróleo e do gás começaram a diminuir em meados de 2014. Num mercado em que os investidores estão sedentos de rendimentos decentes, as ações da Enterprise Products Partners têm um rendimento de dividendos acima dos 6%. Embora todo o período de recessão no mercado da energia tenha representado uma boa altura para comprar ações da Enterprise, setembro está a revelar-se como a altura propícia para tal.

Ao longo destes dois anos de queda de valores, em que os preços do petróleo perderam mais de metade do seu valor, os lucros operacionais da Enterprise continuaram quase sempre estáveis. A empresa conseguiu alcançar esta posição graças ao facto de mais de 80% dos lucros da Enterprise virem de taxas de serviço fixas que a protegem dos altos e baixos dos preços das commodities. Contudo, o aspeto mais importante é o facto de a empresa ter gasto 14 mil milhões de dólares em despesas de capital e em aquisições desde o início da recessão do mercado para reforçar a sua posição de principal infraestrutura de líquidos de gás natural e de logística. Mesmo depois de toda esta despesa, o balanço da empresa manteve-se em excelente forma.

Era de se esperar que alguns anos de investimentos inteligentes e a seguir um modelo de negócio estável que a empresa manteve durante a recessão aumentasse agora o valor das ações da Enterprise, mas aparentemente isso não aconteceu. Mas não faz mal – isso só vai dar aos investidores mais espaço para criar uma posição nesta empresa.

5. Confiar na quadra de compras

Todd Campbell: em vez de comprarem uma ação este mês, os investidores poderão querer experimentar o Consumer Discretionary Select SPDR ETF (NYSE: XLY). Este ETF investe em ações de empresas retalhistas e embora a estagnação do verão tenha enfraquecido os seus rendimentos em agosto, normalmente volta a ganhar vida quando os miúdos regressam às aulas e os investidores começam a pensar nas despesas da quadra festiva.

A média dos retornos do Consumer Discretionary Select SPDR ETF excedeu 1% em setembro, outubro, novembro e dezembro da década passada, e embora o passado não possa garantir o futuro, não me surpreenderia que o aumento dos salários e do número de empregos contribuísse para um desempenho sólido deste ETF nesta época festiva também. No ano passado, os empregadores criaram 550.000 novos postos de trabalho profissionais e de serviços empresariais, 477.000 postos de trabalho na área dos cuidados de saúde e 162.000 novos postos de trabalho nas finanças. No geral, os salários melhoraram 2,6%.

E uma boa despesa na quadra festiva não é a única razão para se gostar deste ETF, que até agora é de apenas 3%, mas 125% nos cinco anos anteriores. As maiores posses do Consumer Discretionary Select SPDR ETF são a Amazon (NASDAQ: Amazon.com [AMZN]), a Home Depot (NYSE: Home Depot [HD]) e a Comcast (NASDAQ: Comcast Corporation [CMCSA]), mas os compradores ficam expostos a muitas outras grandes ações de setores de consumo discricionário. Por exemplo, na lista das 89 empresas que fazem parte do ETF estão incluídos grandes nomes como a McDonald’s (NYSE: McDonald's [MCD]), a Starbucks (NASDAQ: Starbucks Corporation [SBUX]) e a Nike (NYSE: Nike [NKE]).

Embora este ETF tenha estado um pouco em baixo em agosto, agora pode ser a melhor altura para refletir antecipadamente e manter um pouco deste ETF nas carteiras.

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