3 Empresas que poderão duplicar as suas vendas e lucros
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A análise de Sean Williams, que colabora com o fool.com

Embora o mercado de ações tenda a subir no longo prazo – e há muitos dados que apoiam esta noção – os investidores e Wall Street, no entanto, tendem a ficar nervosos quando o mercado de ações está valorizado em, ou próximo, de altas recorde. O receio da próxima grande queda tende a levar os investidores a ficarem à margem quando deveriam estar em busca da próxima ação top.

E se não tivesse de temer a próxima inevitável correção do mercado de ações? Soa reconfortante, não é? Então a minha sugestão será dar uma vista de olhos mais atenta às seguintes três ações, que parecem todas posicionadas para pelo menos duplicarem as suas vendas e lucros até 2019.

Under Armour

Mesmo com o mercado de ações próximo de altas recorde, vale a pena considerar a gigante de roupas e acessórios para desporto, a Under Armour (NYSE: Under Armour [UA]).

Após a divulgação dos lucros do segundo trimestre da empresa em julho, alguns investidores focaram-se no facto da Under Armour não ter superado as expetativas de lucro de Wall Street, assumindo que a culpa assentaria na concorrência. Infelizmente, ignoraram que se tratou de um de muitos relatórios trimestrais estelares da Under Amour.

Para o trimestre, a Under Armour relatou crescimento da receita líquida na ordem de 28%, face ao trimestre correspondente no ano anterior, para mil milhões de dólares (embora os lucros tenham diminuído face ao ano anterior devido à liquidação da Sports Authority). Apesar deste pequeno revés, a receita líquida do vestuário subiu 19%, as vendas internacionais saltaram 72% e as vendas diretas ao consumidor cresceram 28%, para 321 milhões de dólares.

O que tornou a Under Armour essa força nas vendas a retalho? Não procure além das suas vendas online, crescente presença internacional e empurrão para colaborar com atletas conhecidos enquanto embaixadores da marca. As vendas online representaram uns impressionantes 32% das vendas totais, mais do dobro da percentagem das vendas totais em 2008, o que significa que a Under Armour está a alcançar lucros sólidos sem os elevados custos de manutenção das lojas. Internacionalmente, a empresa tem sido bem sucedida em localizações específicas, tendo aberto 60 novas lojas fora dos EUA este ano até à data – e irá continuar a expandir-se para mercados emergentes famintos por produtos de marca. Finalmente, a Under Armour está a aliar-se a atletas de alto nível, como Steph Curry – entre os mais populares atletas do mundo.

Depois de ter gerado 4 mil milhões de dólares em vendas e 0,53 dólares de lucro por ação em 2015, a Under Armour está no caminho certo para gerar 9,6 mil milhões de dólares em vendas e 1,42 dólares de lucro por ação em 2019. Nada mau.

Facebook

Outra ação de topo que pode ser uma boa compra independentemente da direção do mercado de ações é a gigante rede social Facebook (NASDAQ: Facebook [FB]) – uma empresa sobre a qual já deve ter ouvido uma ou outra coisa.

Por vezes o mais fácil a fazer como investidor passa por comprar a empresa com as maiores vantagens competitivas na indústria em questão. O Facebook é, sem dúvida, o exemplo na área desocial media e os seus resultados quanto ao segundo trimestre demonstram-no. O Facebook terminou o segundo trimestre de 2016 com um crescimento de 63% das suas vendas face ao ano anterior, apesar do aumento de custos de 33%, enquanto o lucro líquido aumentou 186% para 2,1 mil milhões de dólares. Os utilizadores ativos por mês subiram para 1,71 mil milhões, enquanto os utilizadores diários ativos em dispositivos móveis – o futuro do Facebook – aumentaram 22% para 1,03 mil milhões em junho de 2016.

Os dados do Facebook sugerem que continua um site relevante nos EUA e em muitos países à volta do mundo. Enquanto o Facebook continuar a atrair mais utilizadores numa base trimestral sequencial, tem todo o direito de assumir que os anunciantes estarão dispostos a pagar um preço mais elevado para aceder aos dados dos utilizadores do Facebook.

O que é verdadeiramente emocionante em relação ao Facebook é que apenas tocou na ponta do icebergue em termos de monetização dos seus ativos.

Apenas recentemente começou a trabalhar para enfatizar a sua plataforma de pagamentos e ainda não surgiu nada em relação à monetização do Facebook Messenger, WhatsApp e Instagram. Pode ter a certeza que existe um plano de monetização para o longo prazo mas o sucesso do Facebook dá-lhe tempo para avançar com calma.

No seguimento de uma campanha produtiva em 2015, que viu a rede social relatar 17,9 mil milhões de dólares em vendas e 2,28 dólares de lucro por ação, o consenso de Wall Street coloca a empresa a alcançar os 57,6 mil milhões de dólares em vendas e 8,03 dólares de lucro por ação até 2019. Mesmo com uma valorização de 373 mil milhões de dólares o Facebook parece barato.

Amazon.com

Acabamos esta lista de ações (a considerar comprar) da mesma forma que começámos: no setor das vendas a retalho, desta vez com a gigante de e-commerce Amazon.com (NASDAQ: Amazon.com [AMZN]).

O que a Amazon faz é nada menos que incrível e pode ser rastreado até à controversa estratégia da empresa de reinvestir a grande maioria do seu fluxo de capital e lucros no seu negócio. Vimos demasiadas vezes empresas de comércio eletrónico a assumirem uma abordagem de “a receita primeiro”, acabando por falhar. Quanto à Amazon.com, tem sido apenas um sucesso.

De acordo com dados da Slice Intelligence, a Amazon alcançou 41,2% de quota do mercado de e-commerce entre janeiro e abril de 2016. As empresas em segundo lugar? A Best Buy (NYSE: Best Buy [BBY]) e a Nordstrom (NYSE: Nordstrom [JWN]), com 2,7% de quota de mercado cada. Vou repetir para aqueles que poderão estar distraídos: a quota de mercado da Amazon no início do ano foi de 41,2%, mais de 14 vezes superior à quota de mercado da concorrente mais próxima! Com base no relatório referente ao segundo trimestre da Amazon, o seu fluxo de caixa operacional saltou 42% face ao último ano, para 12,7 mil milhões de dólares, com 7,3 mil milhões de dólares em fluxo de caixa livre.

No entanto, o e-commerce poderá não ser o futuro da Amazon. Em vez disso, o futuro da Amazon poderá encontrar-se na Amazon Web Services (AWS). A AWS é um serviço de computação na nuvem para pequenas e médias empresas. As margens de serviços na nuvem são substancialmente superiores às margens das vendas e-commerce. Ao longo dos últimos 12 meses a AWS contribuiu com cerca de 10 mil milhões de dólares em vendas e tem potencial para superar com folga o crescimento do e-commerce nos próximos anos.

Depois da Amazon ter reunido 107 mil milhões de dólares em vendas e 1,25 dólares de lucro por ação em 2015, Wall Street prevê 235 mil milhões de dólares em vendas e 23,53 dólares de lucro por ação em 2019. Os dados demonstram que a Amazon surge como “forjada” para o sucesso, independentemente de para onde o mercado de ações se dirige.

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