3 Razões para comprar ações do Wells Fargo
Robert Galbraith/Reuters
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O Wells Fargo está posicionado para gerar retornos que irão superar o mercado e para manter o seu impulso também no longo prazo

A narrativa popular entre os investidores é que o Wells Fargo (NYSE: Wells Fargo & Company [WFC]), um dos maiores bancos do mundo, está completamente enterrado sob os escombros.

É incessante o ar de negatividade em torno do Wells Fargo.

Muitos dizem que a Berkshire Hathaway, da qual o famoso investidor Warren Buffett é CEO, estava errada – e os investidores eu-avisei estão a condenar as ações do Wells Fargo.

É exatamente por isso que o Wells Fargo permanece uma oportunidade escondida. Na verdade, vale a pena comprar.

O Wells Fargo está posicionado para gerar retornos que irão superar o mercado e para manter o seu impulso também no longo prazo. Seguem-se três razões para comprar ações do Wells Fargo.

1. A realidade sob a cacofonia

Por agora já toda a gente sabe o que aconteceu no Wells Fargo. O banco foi apanhado a abrir pelo menos 2 milhões de contas falsas e foi multado em 185 milhões de dólares por diversas agências e autoridades.

Cerca de 5.300 colaboradores foram dispensados – numa ligação direta com a situação – e o CEO, John Stumpf, poderá também ter de deixar a empresa pois os membros do conselho não estão satisfeitos com a forma como lidou com o escândalo.

Perderam-se mais de 20 mil milhões de dólares em valor de mercado e o estado da Califórnia suspendeu a sua relação comercial com o Wells Fargo por 12 meses.

As ações da empresa caíram mais de 16% este ano, até à data, mas todo o setor se encontra em desaceleração. As ações do Bank of America (NYSE: Bank of America Corporation [BAC]), Citigroup (NYSE: Citigroup [C]) e HSBC (NYSE: HSBC) também perderam terreno este ano, embora não tanto como o Wells Fargo.

E o Wells Fargo não é a Valeant Pharmaceuticals (NYSE: VRX). Os clientes do Wells Fargo não irão desaparecer de repente, em massa, devido ao escândalo.

Se se pensarem nos custos que os clientes teriam para sair, as coisas não estão tão terríveis como parecem. Assim, por agora, aqueles que já detêm ações do Wells Fargo devem esperar e deixar a turbulência passar.

2. É improvável que Buffett venda

Dick Bove, analista da Rafferty Capital, recebeu uma grande cobertura dos media por especular que o Oráculo de Omaha poderá deixar o barco. Como é que Buffett se afastaria de uma participação de 10%? Faz, obviamente, mais sentido para Buffett enfrentar a tempestade.

Buffett é geralmente um comprador, em vez de vendedor, nestas situações. Lembra-se do escândalo da American Express (NYSE: American Express Company [AXP])? Buffett manteve-se, tornando provável que faça o mesmo com o Wells Fargo – a menos que se verifique um grande crash ao nível dos investimentos ou dos seus ganhos. Como a Goldman Sachs destacou, os investidores enfrentam volatilidade após este tipo de incidentes.

O incidente do JPMorgan Chase em 2012 e a situação do UBS em 2011 foram semelhantes. Em ambos os casos as coisas acabaram por acalmar.

Quanto ao escândalo com contas de cartões de crédito a Goldman Sachs sugere que o potencial impacto deverá rondar menos de 50 milhões de dólares, um valor passível de ser gerido por um banco com 228,61 mil milhões de dólares em termos de valor de mercado.

3. Rendimento inabalável e índice de crescimento invencível

Os dividendos do Wells Fargo mantiveram-se inalterados. O dividendo de mais de 3,3% é uma fonte de rendimento segura e sólida. Com um baixo payout ratio de cerca de 38% e quatro anos de aumento de pagamentos como-rendimento-fixo, os ganhos apoiam o rendimento e cobrem-no também.

E sim, as estimativas de crescimento médio de lucro por ação mantêm-se inalteradas em 7,65% ao ano para os próximos cinco anos, garantindo que o Wells Fargo irá continuar à frente de muitos concorrentes. Além disso, o Wells Fargo oferece o maior rendimento entre ações de bancos como o Bank of America, Citizens Financial (NYSE: CFG), Heritage Oaks Bancorp (NASDAQ: HEOP), JPMorgan Chase (NYSE: KPM), KeyCorp (NYSE: Key [KEY]) e PNC Financial (NYSE: PNC Financial Services Group [PNC]).

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