4 Ações a comprar em outubro
Photo by Vasiliy Baziuk/AP Images for Pepsi
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A análise de Jonas Elmerraji, que colabora com o thestreet.com

Setembro foi um mês movimentado para o S&P 500 (INDEX: US500): introduziu muita volatilidade e terminou apenas 0,5% abaixo do que começou.

Em suma, setembro não foi capaz de abalar a sazonalidade negativa que é tipicamente associada ao nono mês do ano. Outubro não é tão tendencioso em termos de direções – mas é historicamente o mês mais volátil para os mercados. Isso torna-se interessante na medida em que enquanto escrevo, todas as grandes médias de mercado dos EUA estão posicionadas abaixo das suas altas recorde, o que poderá ajudar as ações a subir para novas altas este outono.

Segue-se um conjunto de “ações foguete” a comprar em outubro.

1. PepsiCo

A liderar a lista encontra-se a PepsiCo, a gigante de produtos alimentares e bebidas que vale 157 mil milhões de dólares. A Pepsi (NYSE: Pepsico [PEP]) tem sido alvo de desempenho sólido em 2016. Até à data, as suas ações têm proporcionado retornos de 11,2% e o impulso do preço da Pepsi deverá continuar forte este outono. As ações estão a ser negociadas, esta semana, a apenas um par de dólares abaixo das máximas de sempre. Esse preço, que supera o mercado, deverá continuar por outubro fora.

A Pepsi não precisa de uma grande introdução. A empresa controla uma grande parte das mercearias e supermercados com a maior empresa de snacks (Frito-Lay) e a segunda maior empresa de bebidas do mundo (PepsiCo). A grande carteira de marcas da empresa inclui a Pepsi, a Gatorade e a Tropicana do lado das bebidas e a Lay’s, Doritos e Quaker do lado dos snacks. Essa combinação proporcionou à Pepsi uma importante vantagem. Enquanto alguns investidores sugerem a separação dos dois segmentos, a administração tem feito um bom trabalho a demonstrar que é capaz de proporcionar valor tendo a empresa como uma só – espalhando os custos de uma grande infraestrutura pelo dobro das mercadorias.

Apesar da Pepsi surgir como uma grande multinacional, a empresa tem uma grande exposição aos EUA. Um pouco mais de 50% da sua receita do ano passado foi gerada nos EUA. Tratou-se de uma vantagem para a Pepsi na medida em que um dólar norte-americano mais forte tem reduzido a rentabilidade de outras multinacionais que recebem uma maior fatia das vendas no exterior. A maior exposição ao mercado norte-americano também inspira grandes oportunidades de expansão a nível internacional no longo prazo.

2. Qualcomm

As ações da Qualcomm (NASDAQ: Qualcomm [QCOM]) receberam um empurrão na semana passada graças à possibilidade da Qualcomm poder estar a planear movimentar parte da sua considerável posição de caixa – o que levou à subida das ações. É provável que as ações continuem a ser ativamente negociadas esta semana com os investidores a especular sobre o possível acordo para a aquisição da NXP Semiconductors (NASDAQ: NXP Semiconductors [NXPI]).

A Qualcomm é uma das maiores fabricantes de chips móveis do setor. Os processadores da empresa podem ser encontrados numa série de smartphones de alta qualidade e os seus componentes são omnipresentes na indústria. A título de exemplo, a Qualcomm fornece os modems utilizados nos novos iPhone 7S. Simplificando, se tem um smartphone no bolso, há uma boa hipótese da Qualcomm ter recebido com o mesmo pelo caminho. É verdade, mesmo que não exista qualquer hardware da Qualcomm no seu telemóvel pois a Qualcomm é também uma grande licenciadora de patente, recolhendo royalties por cada 3G e 4G LTE, por exemplo.

No entanto, a marca tem sido desafiada ultimamente. As fabricantes de telemóveis procuram, cada vez mais, a produção de processadores a nível interno – e os desafios quanto ao licenciamento dos produtos têm resultado em grandes multas. No entanto, com a maioria das nuvens negras resolvidas e 19,26 mil milhões de dólares em fundos líquidos e investimentos no balanço patrimonial, a Qualcomm tem condições para produzir grandes retornos no próximo ano.

As ações subiram 37% desde o início do ano. Espere mais do mesmo antes de 2016 terminar.

3. Intuitive Surgical

Outra ação que está a ser alvo de grandes retornos em 2016 é a Intuitive Surgical, empresa focada em robótica para cirurgias e avaliada em 28 mil milhões de dólares. Desde janeiro que o preço das ações da Intuitive subiu mais de 32%, superando a média do mercado. Tal como a Qualcomm, a Intuitive Surgical (NASDAQ: Intuitive Surgical [ISRG]) tem fundos líquidos e investimentos no seu balanço patrimonial: 4,2 mil milhões de dólares, segundo a mais recente declaração trimestral da empresa, e zero dívida. Trata-se de fundos suficientes para pagar cerca de 15% da atual capitalização de mercado da empresa.

A combinação do impulso do preço e um balanço patrimonial à prova de bala tornam a Intuitive uma excelente candidata para ainda melhor desempenho na reta final de 2016.

A Intuitive Surgical produz sistemas cirúrgicos robóticos para hospitais que querem ser capazes de realizar cirurgias menos invasivas – do que seria possível se realizadas por um cirurgião. O sistema da Vinci da empresa encontra-se atualmente distribuído por mais de 3.600 hospitais em todo o mundo – e essa grande base instalada proporciona alguns grandes benefícios. Devido ao modelo de negócio da Intuitive esse benefícios têm espaço para crescer.

Cerca de dois terços dos sistemas cirúrgicos da ISRG estão instalados nos EUA. Esse facto concede-lhe uma grande oportunidade de crescimento na medida em que mais hospitais por todo o mundo tendem a construir capacidade ao redor da cirurgia robótica. O sucesso da Intuitive colocou um novo interesse no mercado da cirurgia robótica e a posição de liderança da empresa – e vantagem sobre a concorrência – concedem-lhe uma grande vantagem no futuro próximo.

4. DaVita

Por último, na lista de ações com potencial de crescimento está a DaVita (NYSE: DaVita healthCare Partners [DVA]), fornecedora de uma rede de médicos e de cuidados de saúde focados na saúde renal, avaliada em 14 mil milhões de dólares. A DaVita é uma das maiores fornecedoras de diálise no mundo, com 2.420 clínicas baseadas principalmente nos EUA. A empresa fundiu-se com a HealthCare Partners (HCP) em 2012.

A DaVita trata aproximadamente 200.000 pacientes com doença renal e coordena os cuidados de mais 761.000 pacientes através da HCP. Destaca-se que os pacientes tendem a permanecer fiéis às suas fornecedores ao nível dos cuidados de saúde. Esse facto, juntamente com a natureza crónica dos cuidados de diálise, tornam as receitas da DaVita consistentes e, em grande parte, previsíveis. Com cerca de 75 milhões de norte-americanos com idade entre os 51 e os 69 anos, a necessidade de cuidados médicos mais frequentes (e cuidados crónicos como a saúde renal em particular) deverá continuar a impulsionar o crescimento da DaVita.

Apesar das complexidades do sistema de cuidados de saúde dos EUA tornarem a atuação DaVita mais dependente de terceiros, a empresa já provou ser uma operadora qualificada dentro dos limites do sistema. Com as seguradoras de saúde a procurar novas formas de medir o valor acrescentado pelas prestadoras, a natureza crítica da oferta da DaVita pode ajudar a mover as margens para cima em anos vindouros.

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