11 Factos-chave sobre os veículos autónomos
Elijah Nouvelage/Reuters
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Interessado em investir em veículos sem condutor (ou veículos autónomos)? Conheça 11 factos sobre a indústria

Tem havido uma grande campanha ao redor dos veículos sem condutor ultimamente – mas alguns investidores poderão não estar familiarizados com a indústria. Assim, vamos examinar 11 factos-chave sobre a indústria dos veículos autónomos, factos que qualquer investidor deve conhecer.

  1. A maioria das previsões quanto ao setor estima que os veículos sem condutor deverão chegar às estradas na próxima década. A General Motors (NYSE: GM) espera alcançar esse marco antes de 2020, a Ford (NYSE: F) planeia começar a vender veículos totalmente autónomos em 2021 e a Tesla (NASDAQ: TSLA) projeta a sua chegada para 2023. A Uber espera que toda a sua frota seja autónoma em 2030.
  2. O mercado para os veículos autónomos – que inclui carros e tecnologias conectáveis para os carros – valerá 42 mil milhões de dólares em 2025, de acordo com o Boston Consulting Group. A empresa estima que a instalação dessas tecnologias comece por custar entre 2.000 e 10.000 dólares por veículo, valor que poderá cair entre 4% e 10% na primeira década à medida que a adoção se expande.
  3. De acordo com o BI Intelligence poderão ser 10 milhões os veículos com características semi-autónomas e autónomas nas estradas públicas em 2020 – face a menos de um milhão este ano.
  4. Os ADAS (Advanced Driver Assistance Systems ou sistemas de apoio à condução), que irão ajudar os veículos a travar, mudar de faixa e estacionar automaticamente, irão servir como a base do mercado. A líder nesse mercado é a Mobileye (NYSE: MBLY), uma empresa israelita que fornece ADAS a cerca de 90% das fabricantes de automóveis a nível mundial. Outras empresas a acompanhar: a Nvidia (NASDAQ: NVDA) e a NXP (NASDAQ: NXPI), que vendem computadores de bordo que servirão de “cérebro” para os veículos totalmente autónomos.
  5. Os veículos totalmente autónomos exigem que as estradas sejam mapeadas ao máximo detalhe para contarem com sinais, semáforos e obstáculos que não serão detetados pelos GPS. É por isso que se verifica atualmente uma corrida entre fabricantes tradicionais como a Ford, líderes de mapeamento como a HERE e recém-chegadas como a Uber e Google (NASDAQ: GOOGL) da Alphabet para mapear as cidades de todo o mundo para os veículos autónomos.
  6. No entanto, o mapeamento também tem levantado preocupações sérias ao nível da privacidade, especialmente quanto ao interesse da Google em transportar passageiros entre destinos. No ano passado, Rupert Stadler, CEO da Audi (NYSE AMEX: NSU), advertiu que “a única pessoa que precisa de acesso aos dados a bordo é o cliente.” Para manter os seus clientes longe de um ecossistema de mineração de dados da Google, um consórcio de fabricantes alemãs, incluindo a Audi, adquiriu a HERE da Nokia por mais de 3 mil milhões de dólares no ano passado.
Encontre um lugar para estacionar com a Here
  1. A Google também está a travar uma batalha contra a Apple quanto à ligação de smartphones aos veículos conectados. O Android Auto da Google e o CarPlay da Apple “espelham” os ecrãs dos smartphones para sistemas de informação e entretenimento numa vista otimizada para veículos. Ao longo do tempo, estas plataformas poderão funcionar como a base para os esforços de ambas as empresas quanto aos veículos sem condutor.
  2. Os veículos autónomos e as casas inteligentes também poderão estar perfeitamente conectados no futuro. A Amazon já integrou o seu serviço de reconhecimento de voz Alexa na plataforma Sync Connect da Ford – permitindo aos condutores controlar luzes, termóstatos e outros dispositivos automatizados nas suas casas, compatíveis com a Alexa, de dentro do carro. De dentro de casa é possível utilizar a Alexa para, remotamente, ligar os carros e o ar condicionado ou verificar os níveis de gasóleo, a bateria e a pressão dos pneus.
  3. Os veículos autónomos são permitidos em apenas cinco estados dos EUA – Califórnia, Nevada, Michigan, Tennessee e Florida – e no Distrito de Columbia. 14 outros estados estão a considerar aprovar leis que permitam veículos sem condutor nas estradas públicas, enquanto 15 estados já rejeitaram leis semelhantes.
  4. Mesmo que mais estados legalizem os carros autónomos, não existe garantia de que os consumidores venham de facto a comprá-los. Uma pesquisa recente da Kelley Blue Book, que consultou 2.264 residentes dos EUA com idades entre os 12 e os 64, concluiu que 51% preferia conduzir o seu próprio carro – mesmo sendo menos seguro para outros condutores.
  5. Por último, os carros autónomos também podem entrar em acidentes. Em fevereiro passado a Google revelou que os seus veículos sem condutor tinham estado envolvidos em 18 acidentes entre 2010 e 2015, com metade dos acidentes a ocorrer em 2015. Pelo menos mais dois acidentes ocorreram desde então. A Google afirma que foram condutores humanos a causar a maioria dos acidentes e isso revela um grande dilema para a indústria: a condução autónoma poderá não alcançar os seus objetivos de segurança se a maioria dos condutores humanos não deixar o volante.
Dilema dos carros auto-conduzidos

Daqui para a frente

Embora não seja claro quanto tempo será necessário para os consumidores em geral aceitarem os carros autónomos, diversas empresas de tecnologia e do setor automóvel acreditam que o futuro sem condutores está próximo. Assim, os investidores devem manter estes factos em mente, com cada vez mais jogadores a apressarem-se para entrar neste mercado em crescimento.

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