Boas opções para a sua carteira de investimento
Todos os meses milhões de indivíduos por todo o mundo param e avaliam as suas carteiras de investimento. Deverão vender algumas ações? O que deverão comprar com fundos disponíveis? São questões importantes e as respostas nunca são fáceis. Assim, se estiver à procura das melhores ações para completar a sua carteira no mês de novembro, consideramos que vale a pena contemplar a Under Armour Inc. (NYSE: Under Armour [UA]), a General Motors (NYSE: General Motors Company [GM]), a Allergan (NYSE: AGN) e a International Business Machines (NYSE: International Business Machines [IBM]). Ninguém tem uma bola de cristal mas vale a pena considerar estas ações. Seguem-se as razões.
A correr contra a multidão
Aquando da preparação deste artigo, as ações da Under Armour (NYSE: Under Armour [UA]) encontravam-se 40% abaixo do seu recorde histórico há pouco mais de um ano. Há mais do que uma razão para pensar que as suas ações poderão cair ainda mais nos próximos trimestres:
- A procura por vestuário desportivo está a enfraquecer na América do Norte, onde são geradas quase 85% das vendas da Under Armour.
- As preocupações macroeconómicas poderão dificultar o seu crescimento no exterior no curto prazo.
- A pressão competitiva poderá pressionar os preços – e os lucros – com a gestão a continuar a gastar significativamente.
Então, por que razão sugerir a compra de ações que poderão cair ainda mais? Porque as oportunidades de longo prazo para a Under Armour continuam promissoras – e porque penso que o mercado poderá estar a dar aos investidores uma excelente oportunidade de compra de ações, de uma empresa de alta qualidade, a um preço razoável. Sim, as ações da Under Armour ainda estão relativamente caras, com um rácio preço/lucro de 70. No entanto, o mercado está a ignorar o quão fortes as perspetivas de longo prazo permanecem – e que o foco da empresa não está em sustentar lucros no próximo trimestre ou no seguinte para manter os analistas e traders contentes.
Em vez disso, a Under Armour, sob a liderança do fundador e CEO Kevin Plank, está a investir implacavelmente na sua expansão pelo mundo e a desenvolver produtos inovadores ao nível do vestuário, calçado e utilizáveis. Ao longo dos próximos anos, este foco deverá representar margens mais magras e menor crescimento de receita operacional do que o pretendido pelo Sr. Mercado.
Contudo, não estamos dispostos a ignorar a grande oportunidade de possuir parte de uma próxima grande marca global por haver incerteza quanto aos próximos anos. Considere apenas que a classe média global irá aumentar na ordem de mil milhões de pessoas em duas décadas. A Under Armour deve constar da lista de qualquer investidor focado em crescimento em novembro.
Grande empresa, indústria pouco apreciada
Com os mercados a continuar a pairar em torno de máximos de sempre, procuro ações a serem negociadas a desconto, com elevados dividendos e catalisadores futuros capazes de aumentar os lucros. Uma empresa que se encaixa perfeitamente nestes critérios é a General Motors.
A GM (NYSE: General Motors Company [GM]) não tem sido adorada ultimamente graças à crença comum de que o mercado de veículos novos se encontra no seu pico (nos EUA). Embora possa ser verdade, a GM ainda negoceia a um preço-lucro futuro de 5,5 e registou quatro trimestres consecutivos com lucros trimestrais recorde. No terceiro trimestre, o seu retorno sobre o capital investido moveu-se 460 pontos base para uns impressionantes 30,6% – excelente numa indústria de capital intensivo.
A GM provou a sua disposição para despender capital para devolver valor aos acionistas, com o seu dividendo em pouco menos de 5% e tendo completado o seu programa de recompra de ações – de 5 mil milhões de dólares – um trimestre mais cedo. Entretanto, planeia começar um novo programa de recompra de ações, de 4 mil milhões de dólares, já este trimestre.
No entanto, Wall Street não irá “comprar” estes resultados recorde – com receio de que seja o máximo que a GM consiga. Contudo, há uma razão para a GM vir a subir ainda mais alto na minha lista de principais fabricantes: o seu projeto Maven – a sua marca para partilha de carros e para projetos de mobilidade inteligente – está nos seus primórdios e a expandir-se rapidamente. Já para não mencionar os veículos autónomos e a aquisição da Cruise Automotive. Se a Uber conseguiu sair de parte nenhuma e em poucos anos gerou uma capitalização de mercado de cerca de 60 mil milhões de dólares – o que acontecerá se uma grande fabricante tiver a próxima grande ideia inovadora?
Trata-se de um catalisador real, pelo qual estas grandes fabricantes não estão a receber crédito nas suas valorizações. Apostamos que uma grande fabricante irá estar associada a uma próxima inovação estilo-Uber e a GM – com os seus fundos, forte retorno sobre o capital e melhoria da qualidade dos produtos – é uma aposta segura.
Esta farmacêutica de topo deverá recuperar em breve
As ações da Allergan (NYSE: AGN) têm estado em queda desde que a sua fusão com a Pfizer (NYSE: Pfizer [PFE]) caiu por terra, perdendo mais de 30% do seu valor até agora este ano. O catalisador subjacente à surpreendente desvalorização da Allergan, no entanto, parece ter mais a ver com o seu rótulo como empresa farmacêutica especializada do que com a tentativa de fusão fracassada. Resumindo: a eleição presidencial nos EUA tem colocado as empresas farmacêuticas no centro das atenções pela sua ampla prática de compra de medicamentos antigos e elevação de preços para montantes astronómicos.
A Allergan, no entanto, não se encaixa exatamente nesse molde. Ao contrário de algumas das suas pares, a Allergan focou-se primeiramente na aquisição de empresas para fornecer novos produtos. O resultado líquido é que o crescimento estelar da Allergan, de dois dígitos, dentro do seu segmento farmacêutico tem sido impulsionado essencialmente pelo aumento dos volumes de vendas e não pelo aumento estonteante dos preços.
Assim, com a gestão da Allergan a tornar uma prioridade o rebrand da empresa como farmacêutica líder – e com a retórica da campanha em torno dos controversos preços dos medicamentos a começar a esmorecer – as ações da farmacêutica poderão estar em posição para recuperação saudável em breve.
Watson em todo o lado
Foram anos difíceis para os investidores da IBM (NYSE: International Business Machines [IBM]). A empresa tem investido pesadamente em áreas de crescimento como a computação cognitiva e na nuvem, deslocando recursos e mão de obra de segmentos menos atraentes. O resultado tem sido mais de quatro anos de declínio de receita e algum pessimismo ao redor das suas ações.
A IBM apresentou o Watson, o rosto da sua aposta no segmento da computação cognitiva, como um produto com potencial incrível. Em 2013, a CEO Virginia Rometty definiu o objetivo de 10 mil milhões de receita (do Watson) em 10 anos. Permanece a dúvida se a IBM será capaz de alcançar esse objetivo, mas uma série de parcerias anunciadas recentemente apontam para aposta no Watson.
Numa conferência recente, Rometty previu que mil milhões de pessoas irão utilizar o Watson de alguma forma até ao final do próximo ano. O Watson já se encontra a ser utilizado numa variedade de projetos na indústria dos cuidados de saúde – e a recente aquisição da Promontory Financial Group pela IBM coloca o Watson na área dos serviços financeiros. A General Motors irá, em breve, introduzir uma nova versão do seu sistema OnStar que utiliza o Watson para entregar ofertas personalizadas – e a start-up de mensagens Slack irá utilizar o Watson para melhorar o seu bot de serviço ao cliente.
Surgem como parcerias individuais pequenas. No entanto, colocadas em conjunto, sugerem que o Watson está a ganhar tração. É notável que o Slack se volte para um produto da IBM – a Big Blue não é exatamente uma empresa cool e emocionante. Embora a transformação da IBM passe por diversas partes, o facto de estar a levar o Watson para o máximo de produtos e indústrias possível é um grande sinal. Com as ações da IBM 30% abaixo do seu pico no início de 2013, novembro é uma excelente altura para comprar.