5 Ações que irão disparar em 2017
Phil Noble/File Photo/Reuters
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Conheça as escolhas de alguns gestores de fundos e saiba onde aplicar o seu dinheiro

Pronto para o novo ciclo das matérias-primas? Ou talvez para os planos de Trump, que representam aumento da despesa ao nível da defesa? Ou para apostar nas companhias aéreas mais odiadas da Europa?

De acordo com um grupo de gestores de fundos de topo estas jogadas poderão oferecer os melhores retornos no próximo ano. No inicio de dezembro, 14 gestores de fundos dos EUA e Europa revelaram os seus principais investimentos para o próximo ano, na Sohn Conference em Londres, diante de um grupo de cerca de 450 investidores.

“Como beneficiar das esperadas políticas fiscais do presidente eleito Donald Trump” foi um dos principais tópicos da conferência – e verificou-se otimismo contínuo quanto ao setor das matérias-primas entre os gestores de fundos.

Segue-se uma lista dos mais interessantes investimentos salientados na conferência:

Ryanair

A transportadora low-cost irlandesa, Ryanair Holdings PLC (LSE: RYA), tende a dividir a opinião dos passageiros. No entanto, enquanto investidor só tem de se preocupar com uma coisa: o seu potencial para manter capacidade de expansão e geração de fundos para os acionistas – de acordo com Adrian Croxson, parceiro na Och-Ziff Capital Management.

“Para dizer a verdade, consideramos que o rendimento líquido poderá duplicar nos próximos dois anos e achamos que as ações irão [saltar].” – Afirmou.

Croxson destacou dois fatores-chave por detrás do facto de referir a Ryanair:

  • Estrutura de custos. A estrutura de custos da empresa é significativamente menor que a estrutura de outras companhias aéreas, incluindo da rival EasyJet PLC. Tal permite que venda bilhetes a preços mais baixos e que continue a reunir mais passageiros.
  • Quota de mercado. A Ryanair já é a maior companhia aérea da Europa com uma quota de mercado de cerca de 15%. No entanto, com uma rede de rotas mais alargada, para mais aeroportos populares, juntamente com contínuos baixos preços, Croxson espera que a companhia aérea controle 25% do mercado europeu nos próximos anos.

Charter Communications

A Charter Communications Inc. (NASDAQ: Charter Communications [CHTR]), fornecedora de TV por cabo, tem potencial para “duplicar ou triplicar” o seu valor nos próximos anos, com a empresa a continuar a aumentar fortemente “o seu top-line através do incremento de assinantes e de preços.” – Afirmou Chris Hohn, fundador da TCI Fund Management.

Tal surge no seguimento de um já impressionante ganho de 38% em 2016.

“A Charter ainda não alcançou o seu potencial.” – Afirmou o gestor.

O que também está a tornar a empresa atraente é, como Hohn prevê, a “inevitável” proposta de aquisição por parte da rival Verizon Communications Inc. (NYSE: Verizon Communications [VZ]).

Rio Tinto

As ações da gigante de mineração Rio Tinto PLC (Bolsa de Madrid: Bodegas Riojanas [RIO]) dispararam 65% este ano, até à data, mas a ação ainda tem espaço para subir – de acordo com Robert Bishop, fundador da Impala Asset Management.

“A Rio Tinto é uma empresa de grande capitalização e de alta qualidade, no início do ciclo de matérias-primas.” – Afirmou.

“Acabámos de passar por um mercado em baixa, ao longo de cinco anos, ao nível do preço dos metais. Tratou-se do mais longo em 35 anos... Há uma nova capacidade mínima para o período 2017-2019 logo acredito realmente que estamos nos primeiros dias de um ciclo de matérias-primas.”

Bishop também afirmou que os planos de Trump ao nível da despesa com infraestruturas deverão impulsionar a procura por metais industriais – nomeadamente por cobre, um dos principais produtos da Rio Tinto.

Autoliv

A Autoliv Inc., sueco-americana, está num bom momento para aumentar o seu domínio no mercado de airbags e cintos de segurança, posicionando as suas ações para recuperação significativa ao longo dos próximos dois anos – de acordo com Erik Karlsson, parceiro fundador e CEO da Bodenholm Capital.

“Vemos vantagem de 100% no nosso investimento na Autoliv (NYSE: Autoliv [ALV]) ao longo dos próximos dois anos.” – Afirmou.

A Autoliv já domina 38% do mercado e é quase garantido que irá aumentar a sua quota para 50% devido aos sérios problemas da sua principal concorrente, a Takata Corp. A Takata viu-se forçada, recentemente, a recolher milhões de airbags no seguimento de falhas com produtos relacionadas a ferimentos e mortes.

Desde esses eventos, a Autoliv ganhou 55% de todas as novas encomendas, o que significa que a quota de mercado deverá começar a acelerar na segunda metade de 2017 e até 2019, como afirmado pelo gestor de fundos da Bodenholm.

Karlsson mostrou-se tão confiante quanto a este investimento que prometeu doar 1.000 libras à fundação Sohn por cada investidor presente na conferência que comprasse ações da Autoliv antes do Natal – e viesse a perder dinheiro na ação ao longo dos próximos 12 meses.

Leonardo-Finmeccanica

A empresa italiana de defesa e aeroespacial, Leonardo-Finmeccanica SpA (BIT: LDO), é outra empresa que deverá beneficiar da vitória de Trump nos EUA. Elif Aktug, gestora sénior de investimento na Pictet Asset Management, avançou que o novo presidente deverá aumentar a despesa militar, proporcionando um estímulo para as empresas de defesa que têm encarado dificuldades nos últimos anos.

O que leva a Leonardo a destacar-se na indústria, afirmou, é a ascensão das cinzas sob o novo CEO Mauro Moretti, que tem sido bem-sucedido com um muito necessário programa de reestruturação. Estima que a ação tenha potencial para subir até 24,30 euros nos próximos anos, um aumento de quase 80% dos 13,58 euros a que é atualmente negociada.

“Se estiver à procura de uma empresa com valor profundo, que tem sido penalizada por ser italiana – embora apenas 15% da sua receita surja de Itália –, que beneficie da tendência para aumento de despesa com a defesa e que irá beneficiar de recuperação cíclica no mercado de helicópteros, com uma equipa de gestão fantástica e [significativa] vantagem, sugiro que considere a Leonardo.” – Afirmou.

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