Os expatriados na Suíça têm um salário médio de 188.275 dólares por ano, quase duas vezes o salário médio global
Os expatriados que vivem no lar do UBS Group AG (VTX: UBSG), da farmacêutica Novartis AG (VTX: NOVN) e da comerciante de matérias-primas Glencore Plc (LON: GLEN) ganham um salário médio de 188.275 dólares por ano. É o mais elevado do mundo e quase duas vezes a média global, de acordo com dados publicados na semana passada pelo HSBC Holdings Plc. A Suíça é também líder ao nível dos expatriados do banco pelo segundo ano.
“A Suíça foi classificada com base em critérios financeiros e de bem-estar pessoal.” – Afirmou Dean Blackburn, chefe do HSBC Expat. “A combinação de salários elevados e de uma excelente cultura de trabalho colocou a Suíça no topo.”
No entanto, não são apenas os elevados salários que colocam a Suíça nesse lugar, país que também abriga a sede europeia das Nações Unidas – em Genebra – o melhor destino para uma carreira no exterior. Dos entrevistados pelo HSBC, 69% afirmaram que o seu equilibro entre vida pessoal e trabalho melhorou na Suíça e 61% afirmaram que a cultura de trabalho é melhor do que no seu país de origem.
A Alemanha e Suécia surgem em segundo e terceiro lugar, respetivamente, apesar dos salários se encontrarem em ou abaixo da média global, de acordo com o HSBC. Nos dez primeiros lugares, seis países são europeus.
“Os expatriados na Suécia e Alemanha gozam de benefícios além da parte financeira.” – Afirmou Blackburn. “A Alemanha oferece maior segurança profissional para os expatriados. A Suécia, além de superar os rankings em termos de cultura de trabalho, é considerada por 79% dos expatriados como excelente para o equilíbrio trabalho-vida pessoal.”
É claro que o dinheiro, no entanto, não compra felicidade. Dados anteriores divulgados pelo HSBC mostraram que enquanto a Suíça se encontra em primeiro lugar ao nível do bem-estar financeiro para quem trabalha no estrangeiro, está próxima da pior posição ao nível da criação de relacionamentos e vida social. O custo de vida na Suíça é também notoriamente elevado, com o jornal suíço Neue Zuercher Zeitung a reportar, no mês passado, que o preço dos alimentos é 70% mais elevado do que a média europeia, enquanto as despesas com cuidados de saúde correspondem a mais do dobro.
Os melhores pacotes – incluindo benefícios como seguros de saúde, subsídios de alojamento e viagens até ao país de origem – são encontrados nos países do Médio Oriente como o Bahrein e Emirados Árabes Unidos, de acordo com o HSBC, que consultou 26.871 expatriados em mais de 100 países.
Hong Kong e Singapura encabeçam o ranking ao nível do desenvolvimento de carreira, com 68% e 62% dos entrevistados, respetivamente, a concordar que se tratam de bons locais para melhoria de carreira. O estilo de vida, no entanto, decaiu para alguns dos indivíduos que se mudaram para a Ásia com 30% dos expatriados em Singapura e 50% em Hong Kong a relatar declínio ao nível do equilíbrio trabalho-vida pessoal.