As ações da Starbucks, McDonald’s e Microsoft poderão ser alvo de grandes movimentações ao longo dos próximos dias de negociação
As ações caíram na semana passada mas continuam ligeiramente elevadas, face ao ano passado, nestas primeiras semanas de 2017. O Dow Jones Industrial Average (INDEX:DJI) e o S&P 500 (INDEX:US500) permanecem próximos de recordes de todos os tempos com os investidores a prepararem-se para uma avalanche de relatórios trimestrais ao longo das próximas semanas.
Centenas de empresas irão relatar os resultados do último trimestre de 2016 esta semana. Alguns dos relatórios mais esperados: Starbucks (NASDAQ:SBUX), McDonald’s (NYSE:MCD) e Microsoft (NASDAQ:MSFT).
Crescimento de vendas da McDonald’s
A gigante de fast food McDonald’s começa a semana com a divulgação dos resultados do seu quarto trimestre – esta segunda-feira, antes da abertura dos mercados nos EUA (à hora de publicação deste artigo os resultados já terão sido anunciados). Depois de dois anos dececionantes, a cadeia de restaurantes foi alvo de cinco trimestres consecutivos de crescimento de vendas, incluindo um aumento de 6% no início de 2016.
Apesar do último relatório da empresa não ter sido tão impressionante, o seu crescimento ainda acelerou a um ritmo de 3,5% face ao ritmo de 3,1% sentido no trimestre anterior, graças a ajuda contínua do seu pequeno-almoço-todo-o-dia e plataforma de valor McPick 2. O crescimento poderá ser mais difícil de superar este trimestre dado o ambiente de vendas fraco sentido a nível global na indústria de fast food.
Os acionistas irão, provavelmente, ouvir a opinião atualizada da gestão quanto às tendências na indústria e como esta planeia continuar a melhorar a experiência do utilizador através de novas adições ao menu e de remodelações nos restaurantes. Do lado financeiro, a McDonald’s (NYSE:MCD) irá completar a maioria do seu plano de refranchising em 2017, o que deverá reunir fundos significativos para que a empresa reinvista nos negócios e retorne ganhos aos acionistas, através de dividendos e de recompra de ações.
Tráfego de clientes da Starbucks
A Starbucks dá início ao seu ano fiscal de 2017 com divulgação de resultados após o encerramento dos mercados na quinta-feira. A titã de café viu os seus ganhos de tráfego desacelerar recentemente, com as transações a subir 2% no ano passado no seguimento de uma subida de 3% no ano anterior. As inovações ao nível de bebidas e o aumento de vendas de produtos alimentares ajudaram a disparar a despesa do cliente. No entanto, a queda de tráfego levou a abrandamento dos ganhos.
A cadeia de cafés irá precisar de crescimento constante para alcançar os seus planos de expansão de longo prazo. Os executivos acreditam que podem aumentar os ganhos entre 15% e 20% ao ano até 2021 – com a Starbucks a adicionar 12.000 lojas à sua base e a aumentar as vendas nas lojas já existentes em 5% ao ano. “Nunca me senti com mais energia ou mais otimista quanto a oportunidades no futuro.” – Afirmou Howard Shultz, CEO da Starbucks, no início de dezembro, quando passou o papel de líder a Kevin Johnson, COO.
Os investidores irão procurar evidência, esta semana, de que os objetivos ambiciosos da empresa (NASDAQ:SBUX) são alcançáveis através de iniciativas como pedidos móveis, expansão global e aposta mais profunda no mundo de vendas a retalho.
Receita da nuvem da Microsoft
A Microsoft (NASDAQ:MSFT) está a sair de um 2016 forte, que viu as suas ações superar o seu recorde de sempre – dos tempos da era dot com no final de 1999. Os investidores observaram subida das ações graças a sucesso no segmento da nuvem, ajudado pela duplicação de receita da plataforma Azure. No mais recente trimestre da Microsoft, o crescimento desse segmento ajudou a compensar o declínio na divisão de PC da empresa, impulsionado por crescente fraqueza do mercado de PC.
As estimativas apontam para uma queda de 2% das vendas e ganhos estáveis quando a Microsoft relatar os seus resultados na quinta-feira. Satya Nadella, CEO, deverá focar-se em comentários quanto a serviços (com elevado crescimento) na nuvem, incluindo ao redor da Azure – que a empresa espera que cresça para um negócio de 20 mil milhões de dólares até ao ano fiscal de 2018.
“A nuvem está a ganhar significativo interesse por parte do cliente.” – Afirmou Nadella no seguimento do relatório trimestral da empresa publicado em julho. A questão-chave para a empresa prende-se com a possibilidade dos motores de crescimento acelerarem rápido o suficiente para compensar as perdas em segmentos como software para empresas e jogos de vídeo.