Esta semana não apresenta escassez de nomes conhecidos a relatar resultados. Saiba de que empresas falamos.
As ações prolongaram a sua subida ao longo da última semana, com o Dow Jones Industrial Average (INDEX: DJI) e o S&P 500 (INDEX: US500) a ganharem mais de um ponto percentual cada. Os dois índices já subiram 5%, até agora, este ano.
É provável que a temporada de resultados continue a produzir grandes oscilações. Os próximos cinco dias de negociação, por exemplo, não apresentam escassez de grandes nomes a relatar os seus resultados, incluindo a Wal-Mart (XETRA: WMT), a Tesla (NASDAQ: TSLA) e a Gap (NYSE: GPS).
Wal-Mart e o tráfego de clientes
A maior retalhista do mundo anuncia os seus resultados trimestrais antes da abertura do mercado amanhã, terça-feira. As expectativas não são elevadas, com as estimativas a avançarem crescimento de vendas de apenas 1% e queda dos ganhos ao redor de 13%, para 1,29 dólares por ação.
Os números quanto ao tráfego de clientes serão chave. A Wal-Mart geriu sete trimestres consecutivos com melhorias a esse nível – no entanto, neste último trimestre os números quase que estagnaram. Entretanto, a rival Target (NYSE: TGT) revelou um surpreendente declínio de 1,7% ao nível do tráfego durante a temporada de festas, o que sugere que a concorrência aqueceu no último trimestre.
Qualquer desaceleração de crescimento poderá ser prejudicada por aumento de custos, especialmente no segmento norte-americano. Do lado positivo, é provável que a Wal-Mart (XETRA: WMT) continue a conceder dividendos aos seus acionistas – e a realizar recompras de ações financiadas por aumento do fluxo de caixa livre.
Tesla e a previsão de entregas
As ações da Tesla subiram 50% nos últimos três meses em direção à divulgação de resultados esta quarta-feira – apesar dos investidores saberem que a fabricante de carros elétricos não atingirá a previsão de entregas avançada pela gestão. A gestão mencionou desafios de produção no curto prazo ao redor da transição para um novo hardware de piloto automático como a razão por detrás de atrasos em entregas recentes.
Os investidores irão procurar evidência, esta semana, de que esses desafios de produção ficaram no passado. Ao mesmo tempo, existe menos esperança de que a Tesla (NASDAQ: TSLA) venha a anunciar rentabilidade este trimestre – apesar de se esperar que o lucro bruto e a margem bruta por carro continuem a aumentar.
Quanto ao futuro, os acionistas estão ansiosos por saber o que anda Musk a pensar quanto aos objetivos de vendas da empresa para o próximo ano – com o Model 3, para o mercado de massas, a tornar-se disponível. A Tesla espera utilizar esse carro para levar a produção anual para as 500.000 unidades – de cerca de 100.000 atualmente – e a sua previsão para 2017 irá dizer muito quanto a se esse objetivo agressivo é realista.
Gap e a sua margem de lucro
A Gap revelou recentemente detalhes operacionais encorajadores quanto ao relatório do quarto trimestre que será divulgado esta quinta-feira. As vendas em loja subiram 1% para reverter uma queda de 8% no mesmo período em 2015. Essa melhoria incluiu um aumento de 5% para a marca Old Navy, resultados estagnados para a Gap e uma queda de 3% para a Banana Republic. Art Peck, CEO, afirmou no início de fevereiro que “contra um pano de fundo desafiador estamos satisfeitos por reportar crescimento (...) durante o crítico período de festas.”
A divulgação desta semana irá avançar dados importantes quanto a esses ganhos de receita – incluindo se a Gap (NYSE: GPS) terá sido forçada a aumentar as suas promoções para proteger a sua quota de mercado das rivais. É por isso que os investidores estarão focados nas margens da retalhista e nos comentários que a gestão possa ter quanto a tendências de tráfego de clientes.
Peck e a sua equipa irão provavelmente discutir o plano de retorno ao crescimento da Gap, Banana Republic e Old Navy através de ofertas de produtos como o recente lançamento da Athleta. Esse trabalho será dificultado por um ambiente fraco – ao nível da indústria – logo os investidores poderão pretender uma previsão conservadora para 2017 por parte da gestão.