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Há mulheres que fazem um trabalho extraordinariamente bom a investir – e que podem ensinar uma ou outra coisa aos homens

É difícil argumentar contra o facto de que as mulheres enfrentam certos desafios quando se trata de investir – sendo o maior de todos a sempre presente diferença salarial face aos homens. As mulheres ganham menos 5%, em média, que homens nas mesmas posições – e em algumas profissões chegam a ganhar menos 30% que os seus pares do sexo masculino. Acrescente o facto de as mulheres terem maior probabilidade de fazer uma pausa no trabalho (normalmente para tomar conta de filhos ou de outros membros da família) e não há dúvida de que muitas mulheres ainda têm de lutar para se manter ao mesmo nível que os homens em termos financeiros.

Contudo, apesar desses desafios, há mulheres que fazem um trabalho extraordinariamente bom a investir – tanto que poderiam ensinar uma ou outra coisa a alguns homens. Seguem-se algumas dessas lições.

1. Viva abaixo das suas possibilidades – e invista o resto

Apesar das mulheres ganharem, tendencialmente, menos que os homens, as mesmas conseguem economizar mais. De facto, as mulheres poupam entre 7% a 16% mais do que os homens – e essa diferença aumenta em níveis específicos de rendimento. Por exemplo: mulheres com rendimentos entre 30.000 dólares e 49.999 dólares têm saldos médios cerca de 20% acima dos saldos dos seus pares do sexo masculino.

Viver abaixo das possibilidades é uma boa forma de garantir que tem dinheiro extra para poupar, independentemente de quanto ganha – é uma regra que as mulheres levam a sério.

2. Faça sempre as suas pesquisas

Há uma razão para 43% das mulheres sentirem que não fizeram erros financeiros, enquanto apenas 33% dos homens podem dizer o mesmo. A Fidelity avança que as mulheres são mais propensas do que os homens a colocar questões e a fazer a sua própria pesquisa quando se trata de selecionar investimentos. Além disso, as mulheres tendem a ter carteiras mais equilibradas que os homens, o que as protege contra perdas durante períodos de volatilidade do mercado.

No entanto, as mulheres não estão apenas a jogar pelo seguro. Estão a tomar decisões inteligentes, sendo por isso que tendem a alcançar o mesmo retorno, ou superior, que os homens – assumindo menos riscos.

3. Encontre investimentos que pode “comprar e manter”

A paciência é muitas vezes a chave para investir com êxito. Escolher os investimentos certos pode ajudá-lo a gerar rendimento estável (pense dividendos) enquanto aumenta o valor da sua carteira. Contudo, os homens são menos propensos a manter investimentos no longo prazo e mais aptos a envolverem-se em comportamento de risco – como negociar com frequência numa tentativa de se adiantarem ao mercado.

Os investidores com essa atitude saem, muitas vezes, prejudicados quando o mercado cai. Ao negociarem com menos frequência que os homens, as mulheres têm menor probabilidade de comprar ou vender na altura errada – e de perder dinheiro como resultado. Além disso, quanto mais negociar, mais comissões terá de pagar.

De acordo com a Vanguard, em 2014, 11% dos homens negociaram fundos mútuos nas suas contas em comparação com 7% das mulheres. E não é uma tendência nova: dados adicionais mostram que entre 1991 e 1997 os homens estiveram envolvidos em 45% mais atividade de negociação que as mulheres – e, como tal, reduziram o seu retorno líquido em 2,65 pontos percentuais por ano, em comparação com apenas 1,72 pontos percentuais para as mulheres.

4. Em caso de dúvida, peça ajuda

Poderá haver alguma razão na velha piada de que os homens se recusam a perguntar direções. De acordo com a Fidelity, as mulheres tendem a procurar mais aconselhamento financeiro profissional do que os homens, o que pode ser instrumental no desenvolvimento de uma estratégia de investimento inteligente. Especificamente, 42% das mulheres têm contas-reforma geridas por profissionais, em comparação com apenas 36% dos homens (nos EUA). E apesar de os especialistas cobrarem uma comissão pelos seus serviços, o valor e retornos que fornecem costumam compensar.

Para mais, muitas mulheres enfrentam desafios à medida que envelhecem – especialmente porque as mulheres têm uma esperança média de vida superior aos homens, logo necessitam de acesso a mais rendimento nos seus anos sénior. Estima-se que 90% das mulheres tenham de gerir as suas finanças por si próprias a dado ponto da vida – logo, a sua melhor aposta passa por planear para uma reforma mais longa e conhecer os custos envolvidos.

Além disso, embora as mulheres façam um bom trabalho a manter carteiras equilibradas, algumas poderão ter de investir mais agressivamente nos seus anos mais jovens para compensar ganhos mais reduzidos. Por último, as mulheres que deixam a força de trabalho para criar as suas famílias devem considerar trabalhar alguns anos extra no final das suas carreiras. Tal irá permitir que reúnam fundos extra, aumentando a poupança para a reforma e impulsionando os benefícios junto da Segurança Social – o que poderá fazer uma grande diferença mais tarde.

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