As ações da DSW, Oracle e Tiffany poderão ser alvo de grandes oscilações ao longo dos próximos dias
As ações fizeram uma pequena pausa, na semana passada, na tendência ascendente sentida até então, com o Dow Jones Industrial Average (INDEX: DJI.INDEX) e o S&P 500 (INDEX: SPX.INDEX) a caírem um pouco menos de 0,5%. Contudo, os dois índices ainda permanecem cerca de 6% acima face ao ano passado.
A temporada de ganhos começa a esmorecer mas ainda se esperam oscilações em algumas ações individuais esta semana. Entre os relatórios mais esperados encontram-se os da Oracle (NYSE: ORCL.NYSE), DSW (NYSE: DSW.NYSE) e Tiffany (NYSE: TIF.NYSE).
DSW: tráfego na temporada de festas
A retalhista de calçado DSW irá publicar os resultados do seu quarto trimestre fiscal antes da abertura do mercado amanhã, 14 de março. A ação caiu significativamente desde o seu último relatório, com os investidores preocupados com a possibilidade de o fraco tráfego nas lojas ter prejudicado as vendas e o crescimento de lucro nesse período crítico.
O seu último relatório foi um misto de resultados – encabeçado por uma dececionante queda de 2% das vendas. No entanto, uma mais apertada gestão de inventários, entre outras medidas, permitiu que o lucro bruto e líquido melhorassem. Depois de quatro trimestres consecutivos com queda de ganhos por ação, a DSW (NYSE: DSW.NYSE) relatou uma melhoria de 16% do lucro no terceiro trimestre. “Este trimestre reflete o primeiro passo no nosso regresso a crescimento de ganhos.” – Afirmou o CEO Roger Rawlins num comunicado de imprensa.
Esta semana, os investidores irão procurar progresso contínuo. Contudo, é provável que a ação não deixe a tendência mais lenta até a empresa mostrar que está, pelo menos, no caminho certo para crescimento de vendas.
Oracle: receitas da nuvem
A Oracle irá anunciar os resultados do seu terceiro trimestre fiscal na quarta-feira à tarde e os investidores estão otimistas, na expectativa de que a gigante de software venha a mostrar melhoria operacional. O crescimento das vendas deverá acelerar para um ritmo de 3%, de acordo com estimativas, o que irá marcar um ganho sólido face ao aumento de 1% no último trimestre relatado.
Como de costume, os serviços na nuvem irão desempenhar um papel chave no relatório. Ambos os segmentos software-como-serviço e plataforma-como-serviço cresceram a um ritmo superior a 80% no último trimestre relatado. Se melhorarem esta semana, será o quinto trimestre consecutivo com aceleração de ganhos ao nível das vendas. “À medida que nos tornamos maiores na nuvem crescemos mais depressa na nuvem.” – Afirmou Safra Catz, CEO, num comunicado de imprensa.
As rivais sentem-se atraídas por essas taxas de crescimento incríveis e a Oracle (NYSE: ORCL.NYSE) terá de continuar a garantir a sua vantagem em termos de dimensão para absorver quota de mercado. A rentabilidade será um importante aspeto a notar também, na medida em que os ganhos em termos de vendas serão menos impressionantes se apenas surgirem à custa de declínio da margem operacional. Até agora, não tem sido o caso. A rentabilidade subiu perto de um ponto percentual, para 34% das vendas, no ultimo trimestre.
Tiffany: uma nova estratégia
A especialista em joias de luxo Tiffany tem visto as suas ações subir para um recorde anual em direção à divulgação de resultados sexta-feira. Contudo, o otimismo não está vinculado a tendências operacionais. De facto, no início de janeiro a retalhista advertiu para surpreendente fraco crescimento de vendas no quarto trimestre fiscal. “Os resultados de vendas no período de festas ficaram aquém do esperado.” – Afirmou Frederic Cumenal, CEO, aos investidores. Pior ainda, a equipa espera que as fracas tendências da indústria se mantenham em 2017.
Ainda assim, os investidores têm esperança, nomeadamente graças a reviravoltas ao nível da gestão. Cumenal anunciou em fevereiro que irá deixar o cargo de CEO – com o conselho de administração a dar as boas-vindas a três novos membros.
O maior desafio para a nova equipa executiva da Tiffany (NYSE: TIF.NYSE) será voltar ao crescimento de vendas após anos com resultados dececionantes – no seio de um estagnado ambiente de vendas a nível global.