3 Ações fiáveis para beneficiar do boom das criptomoedas
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9 de Fevereiro de 2018

A Bitcoin está superestimada mas as ações que se seguem não estão

À medida que os preços das criptomoedas foram aumentando ao longo do ano passado, o mercado viu-se inundado de perigosos investimentos relacionados com as mesmas. Pequenas empresas acrescentaram “blockchain” aos seus nomes e orientaram a sua atuação para as criptomoedas, levando a que o preço das suas ações disparasse da noite para o dia.

Por outro lado, as ICO (Oferta Inicial de Moeda) atraíram investidores com promessas de novas criptomoedas mas muitas não passavam de esquemas. Outros investidores compraram Bitcoin (EXANTE: Bitcoin) e outras criptomoedas quando o respetivo preço se encontrava elevado e viram-se afetados por perdas de dois dígitos em apenas poucos dias.

Entretanto, o mercado ainda não decidiu se as criptomoedas são uma classe de ativos emergente ou uma grande bolha. Assim, como apostar nas criptomoedas e/ou na tecnologia subjacente sem grandes riscos? Saiba como a TSMC, a NVIDIA e a IBM oferecem exposição saudável ao mercado de criptomoedas sem riscos excessivos.

TSMC

A TSMC (NYSE: TSM) é a maior produtora independente de chips do mundo. Produz chips para grandes empresas como a Apple, a Qualcomm, a NVIDIA e a AMD.

Mineiros de criptomoedas de pequena dimensão utilizam unidades de processamento gráfico de elevada qualidade da NVIDIA e da AMD para a atividade de mineração. As suas encomendas em massa conduziram a escassez dessas unidades ao longo do último ano — e ambas as fabricantes têm realizado grandes encomendas à TSMC para preencher a lacuna.

Mas não é tudo. Mineiros de criptomoedas de grande dimensão, particularmente aqueles que mineram Bitcoin em vez de criptomoedas alternativas, utilizam máquinas para mineração alimentadas por ASIC, Application Specific Integrated Circuits, em vez de unidades de processamento gráfico. A TSMC produz os chips da Bitmain, a maior vendedora de ASIC.

A TSMC não divulga a receita que recebe de cada cliente. Porém, na conferência de divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o co-CEO Mark Liu avançou que a empresa alcançou “entre 350 e 400 milhões de dólares” de receita de mineiros de criptomoedas, o que terá equivalido a 4-5% da receita total da TSMC. Assume-se que a maioria dessa receita tenha surgido da Bitmain.

A empresa voltou a não divulgar a receita de cada cliente no quarto trimestre mas a CFO Lora Ho atribuiu o crescimento de vendas na ordem de 10% a “grandes lançamentos de dispositivos móveis e a contínua procura para mineração de criptomoedas.” Uma aposta na TSMC surge assim como uma forma conservadora de lucrar com o boom das criptomoedas.

NVIDIA

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A NVIDIA (NASDAQ: NVDA) divulgou ontem os resultados do seu quarto trimestre de 2017 e superou as expectativas — graças à procura para centros de dados e mineração de criptomoedas. O boom no mercado de criptomoedas tem alimentado a procura por chips da NVIDIA uma vez que fornecem elevada capacidade de computação — exigida para a mineração de criptomoedas.

“A forte procura no mercado de criptomoedas superou as nossas expectativas.” — Afirmou a CFO Colette Kress na conferência de ontem. “Apesar da contribuição geral das criptomoedas para a nossa empresa continuar difícil de quantificar, acreditamos que se tratou de uma percentagem mais elevada do que a do trimestre anterior.”

A NVIDIA tem também apresentado crescimento impressionante no mercado de centros de dados — com unidades de processamento gráfico de elevada qualidade a serem utilizadas pela Tesla para aprendizagem de máquinas e carros autónomos, por exemplo. Os analistas estimam que a sua receita e lucros aumentem significativamente este ano.

IBM

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A IBM (NYSE: IBM) continua um jogador fiável no que à blockchain diz respeito, a tecnologia que alimenta a Bitcoin e outras criptomoedas. Em setembro passado, a Juniper Research classificou a Big Blue como líder de mercado ao nível da blockchain, com 40% dos executivos do mundo da tecnologia a citarem-na como a sua principal escolha.

Nesse âmbito a IBM forjou parcerias com a Nestlé, a Unilever e a Wal-Mart (para monitorizar questões de segurança alimentar), com bancos europeus de topo (para facilitar o comércio internacional) e com a gigante de logística Maersk (para melhorar os seus sistemas de logística). Também celebrou uma parceria com a Stellar para estabelecer transações trans-fronteiriças.

Mudanças graduais na empresa levaram a que relatasse o seu primeiro trimestre com crescimento de vendas em quase seis anos no último trimestre — e tecnologias de nova geração como a blockchain irão garantir que os seus imperativos estratégicos continuam relevantes. A IBM surge, assim, como outra possibilidade de aposta de baixo risco no mercado das criptomoedas.

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