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5 de Junho de 2018

A popularidade da Bitcoin (Bitcoin: BITCOIN) e das restantes criptomoedas intensificou-se no ano passado — e a curiosidade pelas mesmas tem-se mantido desde então, mesmo com a queda generalizada de preços que se tem feito sentir.

Trata-se de um mercado complexo, especialmente para principiantes. Assim, hoje analisamos a história e evolução da Bitcoin, e respetivas oscilações de preço, para que entenda melhor a maior criptomoeda do mundo e decida se pretende investir.

A descoberta (2009-10)

A Bitcoin foi negociada pela primeira vez numa plataforma de câmbio em 2009 — e o seu primeiro registo de preço data de 2010. Tecnicamente, a Bitcoin valia 0 dólares em 2009 e o seu preço nunca superou 1 dólar em 2010.

A aceitação (2011-16)

Em fevereiro de 2011, com apenas dois anos de existência, a Bitcoin alcançou paridade com o dólar na plataforma de câmbio Mt Gox. Ainda nesse ano tocou os 31 dólares, seguindo-se a sua primeira grande queda de preço — para tão pouco como 2 dólares, em dezembro de 2011, perdendo mais de 95% do seu valor.

Foram surgindo nessa época várias opiniões quanto a como melhorar a Bitcoin — o que conduziu ao aparecimento das altcoins, criptomoedas alternativas à Bitcoin. A maioria das altcoins corresponde a bifurcações (forks) da rede da Bitcoin com pequenas alterações. Surgiram nesta altura nomes como Ripple, Litecoin, Primecoin e Namecoin.

Foi nesse período que o valor da Bitcoin começou a aumentar para um nível consistente, de 2 dólares em dezembro de 2011 para 1242 dólares em novembro de 2013. Contudo, voltou a cair — para 750 dólares em novembro de 2016. A ampla variação de preço da maior criptomoeda do mundo, em ambas as direções, é de facto uma das suas características.

A ascensão meteórica (2017)

Até mesmo um indivíduo desinteressado pelas criptomoedas estará ciente de que 2017 foi um ano recorde em termos de movimento de preços no sector. A Bitcoin foi a principal atração — dado o incrível aumento de preço de 900 dólares em janeiro de 2017 para quase 20 000 dólares em dezembro de 2017. Porém, não se tratou da única criptomoeda a brilhar no ano passado.

O preço da Ethereum aumentou mais de 9000% no espaço de um ano e a sua capitalização de mercado cresceu de 700 milhões de dólares para 45 mil milhões de dólares. Começou o ano cotada a 8 dólares e chegou ao final do ano cotada a 450 dólares. Também a Ripple registou aumento de preço estelar: começou o ano a 0,0063 dólares e terminou acima de 1 dólar.

O mundo começou a considerar as criptomoedas uma classe de ativos — que não podia ser ignorada.

A manutenção (2018)

Este ano questiona-se a longevidade e a utilização das criptomoedas. Lançadas originalmente como meio de transação digital, a Bitcoin e suas pares tornaram-se um tipo de classe de ativos.

No entanto, estima-se que a Bitcoin continue a encarar elevada volatilidade: os participantes do mercado irão exigir a aplicação real da tão falada tecnologia blockchain e das criptomoedas; os governos de vários países irão entrar em cena com regulamentação para o sector, o que poderá afetar o movimento de preço — em ambas as direções; e poderá testemunhar-se crescente competição entre a Bitcoin e outras criptomoedas competentes para domínio do mercado.

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